Actualmente na Trofa, vive-se um grande alarido em volta da questão do Metro.
Todos os esforços em prol deste investimento são bem-vindos, todos eles. Os trofenses têm de se unir para a resolução desta causa comum.
A JSD Trofa como estrutura partidária colocou dois outdoor’s, um em S.Martinho de Bougado e outro no Muro, alertando para a camuflagem de culpa por parte daqueles que aparecem para as câmaras de filmar. Logo surgiu alguém incomodado com o “véu retirado”, acusando a Jota de fracturar a opinião pública, mas muitos mais também a dar os parabéns à JSD pelo esclarecimento.
Declarações atacando a JSD não fazem qualquer sentido, pois GRAVE é o facto de partidarizar o movimento, concordam comigo? Passo a explicar:
Não acharam muito oportuno no dia anterior ao boicote no Muro, dia de reflexão Nacional, a JS colocar uma tarja branca no Porto, assinada por essa mesma estrutura e utilizando o Slogan do movimento Murense de luta pelo Metro? Pois é, a JS tentou desta forma capitalizar para si os louros da criação de um movimento cívico que não foi criado por eles.
Mas a história continua, depois de ter exercido o seu direito de voto, a presidente da Câmara da Trofa, junta-se ao movimento de boicote às eleições no Muro, na mesma altura em que os meios de comunicação social estavam presentes no local, encostando em si uma t-shirt com a frase de ordem “Metro para a Trofa, JÁ!” Reforço a ideia, a Presidente da câmara da Trofa encostou a t-shirt, não a vestiu, não vestiu a causa (até porque votou), apenas a utilizou como “fachada”.
Não pretendo com isto desculpar o executivo anterior, porque é sabido que também terá a sua dose de responsabilidade, pretendo sim mostrar que o actual executivo, para além de tentar transformar este assunto numa questão política, tem responsabilidades muito além de um qualquer Trofense, a Presidente da Câmara tem o poder de marcar reuniões para debater o caso com entidades responsáveis, e este é só um exemplo.
Vou frisar para que não me entendam mal, eu sou completamente a favor da criação deste movimento cívico, sou pela petição Metro para a Trofa e sou pela luta positiva para trazer esta obra para a Trofa, mas não concordo que sujeitos com responsabilidade e poder acrescido se apresentem nos telejornais a representar, como se de uma peça de teatro se tratasse.
Na minha opinião, a JSD Trofa não fracturou movimento nenhum, a JSD fez o seu dever de alertar e mostrar a realidade que tem vindo a ser escondida aos habitantes deste município.
Se existe discórdia, é porque existe gente que, tal como eu, não consideram estas atitudes dignas de uma Presidente de Câmara.
Cumprimentos;
Nuno Costa
O PSD tenta desculpar-se desta atitude dos outdoors. Mas foi mau demais mesmo...
ResponderEliminarMau, é os actuais autarcas não mexerem uma palha sobre esta matéria...
ResponderEliminarCaro Nuno Costa,
ResponderEliminarAntes de mais quero saudar a tua insistência na necessidade de unir todos os trofenses em torno de uma solução para a questão do metro. Trocamos vários pontos de vista sobre o assunto e reconheço a forma responsável como o abordas. Pena as forças políticas não terem ainda tido o bom senso de alinhar posições. Como já referi várias vezes, é lastimável que se coloquem interesses estratégicos partidários à frente das necessidades da população.
No que diz respeito à tarja colocada pela JS na Ponte D. Luís, iniciativa que saudei pela capacidade de mediatizar o problema (e nisso foi eficaz, independentemente daquilo que possa ser dito), não descarto a possibilidade de existir uma tentativa de capitalizar politicamente. Confesso que o teu raciocínio nesta matéria me fez pensar e fazer algumas associações que me permitem agora olhar para esta acção de uma forma diferente. Mantenho a minha opinião no que toca à importância dos proveitos mediáticos da situação mas confesso que é possível deslindar algum oportunismo ao nível de timing, da utilização do slogan do movimento murense e, sobretudo, como já referi anteriormente, na estranha aparição de Joana Lima no Muro no dia das eleições, apesar de ter sido incapaz de se juntar ao boicote ou de promover ela mesmo o boicote mostrando, assim, que estaria ao lado dos interesses dos trofenses de forma incondicional. Juntando todos estes factores, é possível descortinar uma sequência interligada de acções num curto espaço de tempo durante o qual nada foi resolvido.
Relativamente à JSD e ao seu cartaz e comunicações oficiais, penso que o seu erro estará mais na forma como o assunto é abordado do que no conteúdo da sua contestação. Sobre esta matéria muito foi escrito e tive oportunidade de participar em algumas discussões. No geral, estou de acordo com a crítica da JSD à incapacidade da CMT em gerir este dossier. Compreendo que o PS Trofa possa estar limitado na sua esfera de acção porque, convém não esquecer, trata-se de uma obra pública na qual o governo é soberano para decidir (e que tal começarmos a apontar baterias ao governo em vez de continuarmos em guerra concelhia?). Mas com todos os retrocessos recentes, depois da vinda de Ana Paula Vitorino à Trofa antes das eleições anunciar o metro com pompa e circunstância, a única conclusão a que posso chegar é que se tratou de um procedimento puramente eleitoralista e populista para captar os votos e o entusiasmo dos trofenses. Alguém tem que pagar essa factura. No entanto, crítico a insistência da JSD nas falsas promessas de campanha do PS quando também o PSD fez promessas com o mesmo teor, promessas essas que não pode cumprir no passado. É preciso ser coerente. Esta é a única crítica que aponto à JSD neste processo. A manipulação do discurso pode ser perigosa.
Um abraço
Sobre o primeiro comentário nem vou responder, não vale a pena, é mais do mesmo, obrigado Rolando pela tua resposta.
ResponderEliminarAmigo João, como já te disse, alegro-me quando consigo "fazer ver" alguns actos de manipulação.
Alegro-me igualmente, sendo tu uma pessoa que gosta de fundamentar as tuas opiniões, que vejas na minha argumentação factos de te levem a considera-los válidos a ponto de alterar o teu ponto de vista.
Agradeço a todos que, embora não tenham comentado, leram esta minha participação.
Um forte abraço