segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

De outro ponto de vista...

Pronto prévio: a última assembleia de freguesia de São Martinho de Bougado foi um degradante momento político do concelho da Trofa. Na maioria do tempo a assembleia decorreu sob um ambiente de evidente desrespeito por aquela instituição.
Mas vamos ao assunto. Esta assembleia foi marcada pelo PSD. Supostamente teriam algo para nos dizer, ou teriam projectos a apresentar. Nada mais errado. Durante uma hora vimos um arrepiante desfile de especulações, acusações, a mais elementar politiquice. E no fim, a montanha pariu um rato, nenhuma conclusão, nenhuma nova ideia, NADA. Os trofenses que lá foram sentiram que perderam o seu tempo, eu perdi o meu tempo, o PSD de São Martinho perdeu a sua credibilidade.
Qual foi a intenção afinal? É preciso deixar algo bem claro, não existe nenhum projecto ainda. Existe esboços, estudos, e um estudo prévio, o tal votado em reunião da câmara municipal em Novembro passado. O projecto final, será apresentado aos trofenses para ser discutido publicamente. E isso acontecerá, com toda a naturalidade, dia 25 de Fevereiro. A intenção foi anteciparem-se aos factos, parecendo promotores de coisa alguma, mas ficaram como defensores de coisa nenhuma.
Outra intenção. Confundir. Disseram que afinal vão existir construções. Vão? Quais? Ou será que são contra a construção de umas casas de banho? Ou contra a construção de um espaço coberto para realização de eventos? Disseram até que o parque infantil não iria existir. Afinal vai, e foram alertados para isso de imediato. Algo que seria evitável se tivessem consultado um arquitecto primeiro ou então, feito como qualquer trofense, e aguardado pelo projecto real para dar uma opinião e contribuir para a melhoria daquele espaço.
Enfim, chegou a ser constrangedor. O palco montado, os ânimos exaltados, toda a claque convocada para um conjunto de nadas e de mentiras.
A tudo respondeu o presidente José Sá. Sobre a postura do mesmo não vou escrever. Sou um admirador confesso desse senhor e acho degradante os ataques pessoais que lhes fazem. Tudo o que tenha a dizer é de rasgado elogio à sua postura, à sua classe e à sua clara defesa dos interesses de São Martinho de Bougado.
Dia 25 de Fevereiro teremos a oportunidade de fazer política a sério, de discutir com clareza e transparência o futuro dos Parques. Espero que os mesmos que engendraram esta triste encenação, esteja dispostos a acabar com a brincadeira.

9 comentários:

  1. finalmente alguém fala sério neste blog!

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  2. Olá Zé,

    É sempre importante ouvir o "outro lado" numa questão tão importante para todos os trofenses. à parte das críticas, que partilho, e que dizem respeito à mudança de postura repentina de uma parte considerável dos dignatários socialistas trofenses no que diz respeito à construção de edifícios no parque e consequente descaracterização do espaço. Lembro-me bem do mote "No Parque Não" e da forma entusiasta e quase fanática com que as vozes socialistas repudiavam qualquer tipo de construção no parque e o quanto essa postura foi decisiva para as manobras eleitorais de Joana Lima ao mesmo tempo que contribuiu para atacar e descredibilizar a presidência de Bernardino Vasconcelos.

    À parte dos factos que descrevo em cima, convém não esquecer do que foi dito pelos responsáveis socialistas na anárquica assembleia da passada Segunda-feira, dia 31 de Janeiro. Contrariando a retórica social democrata de que o projecto estaria já aprovado pela CMT (o que deixa no ar para os menos informados a ideia de que se trata já de um dado adquirido e irreversível), os representantes do PS Trofa presentes na assembleia defenderam que aquilo que fora apresentado pelo PSD era apenas um estudo prévio e não o projecto final aprovado conforme foi afirmado. No dia 25, este projecto/estudo prévio será apresentado aos trofenses e, como cidadão, espero que não esteja já aprovado nos bastidores antes de ouvir a opinião pública. Caso contrário caberá ao PSD justificar o alarmismo com que convocou a assembleia.

    Cumprimentos

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  3. Estive nessa Assembleia extraordinária e, em minha opinião, foi degradante mas pelas duas partes. Se por um lado se notou a impreparação do PSD, também é de notar a "viragem" dos socialistas. São agora acérrimos defensores de um plano que ainda não foi apresentado, mas eram contra tudo o que fosse alterar o parque.
    É o chamado "cuspir para o ar"...
    Quando foi apresentado o primeiro projeto de requalificação da área da serração da capela, apenas os comunistas alertaram para os perigos de apropriação do parque para construção. Até os socialistas votaram a favor, tendo posteriormente sido contra (a famigerado NO PARQUE NAO)sem nunca explicar devidamente porque foram a favor e depois contra.
    Como disse na Assembleia de freguesia, não é o momento politico que persigo mas o melhor para a minha freguesia, independentemente de quem estiver no poder.Não mudei de opiniões apenas porque mudaram os responsáveis autárquicos, nem mudei de partido para manter a minha posição.
    Logo que soube das intenções do anterior executivo, lutei para que se fizesse a discussão publica, e posterior abandono da peregrina ideia. Também agora espero que seja feita uma real discussão publica, com uma apresentação do projeto sem subterfúgios, para que se possa opinar com todo o conhecimento.Não tenham medo do povo....
    Quase todos consideramos fundamental uma requalificação daquele espaço, mas não podemos ser fundamentalistas na defesa das nossas ideias para o local. Sejamos honestos e apresentemos as nossas ideias sem segundas intenções, pois o que está em causa é o desenvolvimento da nossa Terra...

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  4. Eu gostava que alguem me explicasse, explicitamente e textualmente, onde existe mudança de opinião, tal como PSD tenta fazer crer.
    Alguma vez a presidente disse que era contra a requalificação?
    Alguma vez disse alguma coisa que vá contra o que é a actual intenção de projecto?

    Acho que andam a colocar palavras na boca dela, que nunca foram ditas!

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  5. mais explicito??? Acho k alguém anda, ainda, em fase de negação...

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  6. JTT, procure informar-se melhor, ninguém está a pôr palavras nenhumas na boca de ninguém, e existem gravações que comprovam a sua posição sobre o Parque na altura em que o Dr.Bernardino era presidente.
    É só dar-se ao trabalho de as procurar, se não der assim muito trabalho...
    Porque antes de se começar a falar sobre alguma coisa uma pessoa deve informar-se sobre o assunto...

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  7. claro que há gravações. há sempre gravações. até no tempo da campanha havia gravações com afirmações bombasticas. mas depois nada.
    Há mostrem? Ou entao calem-se e parem com as mentiras!
    Que raio de política esta...

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  8. Caro JTT,

    Eu não sou do PSD mas vou tentar explicar-lhe, a partir do meu ponto de vista, onde considero que a presidente mudou o seu discurso. No entanto, quero salientar que não tenho dúvidas que Joana Lima queira o melhor para a Trofa e para o parque. O problema é que às vezes, a política "obriga" a instrumentalizar palavras e intenções para atingir determinado tipo de objectivos paralelos.

    Em política, as palavras têm muita força. Por vezes, os políticos usam palavras de ordem que generalizam uma luta que tem vários e distintos aspectos. Quando o PSD queria avançar com o projecto que englobava X contruções (número irrelevante para a discussão), a opinião pública trofense era maioritáriamente contra, não só contra a construção dos paços como contra qualquer construção que descaracteriza-se o parque. Como os políticos estão sempre em campanha e todos os erros são rapidamente aproveitados pelos seus adversários, quando o PSD escorrega nesta proposta infeliz, o PS Trofa inicia uma campanha de propaganda política com o mote "No Parque Não". Como este slogan não indica claramente contra o que é que o PS está, apesar de ser possível depreender que se refere ao parque, os menos informados entendem que o PS é contra todas as construções no parque. Resultado? O PS congrega à sua volta tanto aqueles que são contra a construção dos paços no parque como aqueles que são contra qualquer construção uma vez que a mensagem do cartaz é nitidamente subjectiva e susceptível de múltiplas interpretações. Trata-se de uma espécie de mensagem subliminar por assim dizer. Este é um primeiro aspecto que convém sublinhar. Nada em política é ao acaso, nenhuma palavra está lá ao acaso, tudo é criteriosamente controlado e manipulado para um propósito específico. Não sou eu que o digo, são os livros de Ciência Política.

    Por outro lado, existem dois outros aspectos dignos de registo. Em primeiro lugar, pessoas ligadas ao PSD acusam Joana Lima de ter votado favorávelmente, em 2006, ao projecto do PSD de instalar os paços no parque. Como não tenho dados concretos sobre esta situação, irei pedir acesso às actas camarárias do ano de 2006 para poder confirmar o que foi dito. A confirmar-se, é uma contradição gritante.
    Em segundo lugar, e uma vez que o PS é favorável à construção de um parque de estacionamento subterrâneo no parque, tal implicará mudanças estruturais no parque o que vai contra a ideia defendida pelo PS Trofa de que se deve requalificar sem destruir o que la existe e sem descaracterizar o espaço em si. Não estamos a falar de uma construção qualquer, um parque de estacionamento subterrâneo implica perfurar uma grande área do solo afecto ao parque.

    Sabe JTT, por vezes, o que se diz é relativo. Afinal de contas, uma das bandeiras do PS nas últimas autárquicas afirmava sem reservas que o metro e as variantes seriam uma realidade com Joana Lima no poder e a vinda de Ana Paula Vitorino e José Sócrates à Trofa era prova disso mesmo. Nem metro nem variante.

    Cumprimentos

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  9. Queria aproveitar para elogiar a postura séria e claramente a favor dos interesses da Trofa e não do seu partido do Sr. Paulo Queirós. A sua intervenção na passada assembleia de freguesia foi possívelmente a melhor e a que mais se mostrou preocupada com os interesses reais dos trofenses. É bom saber que ainda existem pessoas que pensam primeiro na sua terra e só depois no seu partido.

    Bem haja Paulo Queirós! De lutas de galos está a Trofa farta.

    Cumprimentos,

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