segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

You Can't Handle The Truth

Sendo hoje dia de ressaca dos Óscares, aqui vai um conhecido excerto do Filme "Uma Questão de Honra" nomeado para os Óscares de 1993 e dedicado ao meu colega de blogue José Santos.

Vamos fazer o que ainda não foi feito...

Quantas vezes nas nossas vidas tivemos, ou teremos, a sensação que os sonhos pelos quais lutámos, realmente se concretizaram e valeram a pena?
Na sexta-feira tive essa sensação.
Na apresentação do projecto dos parques, vi algo chamado Trofa, senti algo chamado orgulho, pertenci a algo chamado povo. Os trofenses ficaram a conhecer em pormenor o projecto dos parques, para o qual todos são convidados a retribuir. Aplaudiram e emocionaram-se.
Os trofenses pediam uma nova vida ao seu parque, fustigado pelas agruras do tempo, desleixado porque quem podia tratar dele. Reflexos de muitos anos de domínio tirsense e alguns de inacção.
O projecto apresentou-nos vida e futuro. Mostrou respeito, tradição e identidade. Nem se acabarão as tradições, nem se encolherão os andores.
A requalificação irá duplicar a área verde do parque, sim, duplicar. Aumentar-se-à o número de árvores, mantendo-se a esmagadora maioria das existentes e plantando-se novas. Ampliar-se-ão os coretos, dando-lhes nova modernidade e novas valências. Será criado o espaço lounge, destinado primeiramente à juventude trofense. A capela irá readquirir nova centralidade e destaque, com a constituição de novas praças e raios de visão.
E os edifícios? As construções em altura que estavam predestinadas no anterior projecto. Desaparecem! Constituem-se apenas os espaços do apoio ao parque e auditório, que nunca ultrapassarão a cota do adro da capela e estarão encobertos por áreas verdes, tornando-os imperceptíveis para que se desloca no parque. No fundo cumpre-se tudo o que se disse em campanha eleitoral, e respeita-se a nossa identidade.
Afinal os andores terão mais espaço para passar do que existe actualmente, estando salvaguardado um percurso que irá permitir que ainda mais pessoas assistam com conforto ao seu caminho.
E tudo isto numa sessão longa foi explicado, com pormenor, disponibilizando-se um site www.trofaviva.com onde mais informações podem ser obtidas.
Junto-me aos trofenses que no final aplaudiram a demonstração e digo “vamos fazer o que ainda não foi feito”

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Politica VS Coerência


Em 2009 os Portugueses foram chamados a eleger quem governaria Portugal nos 4 anos seguintes. A maioria das pessoas que votaram, confiaram ao PS essa difícil tarefa de conduzir os destinos do nosso País. Também ao não dar uma nova maioria absoluta, mostraram que queriam um governo aberto ao dialogo com a aposição. A quando da tomada de posse o Primeiro-ministro, José Sócrates reuniu com todos os partidos, para que pudessem formar um governo em coligação, as respostas foram peremptórias. Todos os partidos recusaram uma aliança. E este não é um facto menor, nenhum partido quis ter responsabilidades governativas neste contexto de crise. Se dos partidos a esquerda do PS tal comportamento era esperado, e uma aliança como CDS seria muito difícil dirigir para os militantes dos dois partidos. Já do PSD esperava-se uma atitude diferente. De um partido do arco da governação, não se espera calculismo politico quando esta em causa a soberania nacional, a “banca rota”. Mas foi mesmo  este comportamento que assistimos por parte dos dirigentes do PSD. Passos coelho(PC) tem sido um facto de instabilidade no nosso pais. Ainda a semana passada dizia que “Portugal não pode viver em permanente esquizofrenia”. Mas esquece-se que ele tem sido um dos principais causadores dessa esquizofrenia. Não foram poucas as vezes que vimos PC na estrangeiro a criticar matérias importantes do nosso País, a falar de eleições antecipadas e de crises politicas. Sempre que tem uma câmara ligada, PC aproveita para fazer o seu teatrinho ridículo de “quem governa pior Portugal”. Infelizmente para ele trocaram-lhe as voltas, quando o BE apresenta a sua de noção de censura ao Governo. E aqui vê-se a coerência das oposições em Portugal. Todos os partidos alinham em coro nas críticas ao Governo, mas por taticismo político não conseguem  votar em conjunto para derrubar o governo. CDS não vota a favor por causa do PSD, e estes também não dizem sim, porque ainda não chegou a altura certa dizem eles. E qual é altura? Todos os Portugueses já entenderam, Passos coelho espera ver aprovadas todas as medidas necessárias de combate a crise, e ai será a altura certa para derrubar José Sócrates.  Vamos ver se os boys do PSD aguentam tanto tempo, veremos como se vai comportar os outros partidos da oposição aquando da moção de censura do PSD.  Veremos nas próximas semanas a esquizofrenia do PSD para chegar ao poder.

Por


Daniel Neira

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Desejos e Ensejos

Por estes dias, li um interessante artigo sobre o Metro do Mondego e instantaneamente fiz uma comparação com a tragédia em três actos do Metro até à Trofa. Referia o tal texto que o Metro do Mondego era obra por ninguém pedida, que a mudança radical da automotora para o Metro de superfície foi uma decisão política tomada, provavelmente, por alguém virado para o Tejo.

A Trofa também não pediu o Metro. O comboio, embora já obsoleto, funcionava e servia as populações. Sendo utente da mesma até ao último suspiro, a infraestrutura, para além da falta de manutenção da ferrovia e do material circulante, era pontual e fazia parte do imaginário das populações. Aquando da desactivação e da prometida requalificação da linha para o Metro, as populações aceitaram pacificamente a reconversão que não pediram, mas o novo projecto vincava definitivamente o carácter metropolitano da cidade da Trofa. Era uma oportunidade de ouro para a nossa cidade. Parecia tudo bem: modernização das infraestruturas, aposta nos transportes públicos, requalificação do tecido urbano. Passados estes anos, e após longos discursos sobre a dependência dos combustíveis fosseis e das energias renováveis tão caras a Sócrates, a Trofa arrisca a tornar-se a única cidade do mundo inserida numa área metropolitana a ver diminuída (liquidada?) a oferta de transportes públicos.

Mas as coisas podem piorar ainda mais. Como é público, a nossa presidente já afirmou e reafirmou a disponibilidade da Metro do Porto de participar com milhões na requalificação do Parque Nossa Senhora das Dores. Tendo em conta estas promessas e o Memorando de entendimento da Metro do Porto subscrito em Maio de 2007, que explanava a não participação desta entidade em qualquer obra de regeneração urbana fora dos canais de circulação das composições, tudo ainda se torna mais difuso. Com base nestas preocupações, o deputado do PCP Honório Novo (bem conhecido da população da Trofa e que não precisa da cara nos boletins de voto) na Assembleia da República redigiu um documento dirigido ao Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações onde mostrava a sua preocupação quanto a estas contradições. Como sempre, o trabalho parlamentar do PCP não ignora a Trofa.

Esperemos pacientemente pelo dia 25.

No Country For Young (And Old) People …

Há uns anos saiu um filme chamado “No country for old man”, e o título em muito me faz associa-lo a minha freguesia…
Não posso concordar com o que li no jornal “O Noticias da Trofa” na edição do dia 30 de Janeiro onde é publicada um entrevista ao presidente da junta de Covelas, com o título “Tirei Covelas da lama!”
Tirou Covelas da lama? O que evoluiu Covelas nestes quase 30 anos de gestão Social-Democrata? Onde está o centro de dia para os muitos idosos que vivem na freguesia? Onde está um espaço onde os jovens possam ocupar os seus tempos livres? Onde está o parque infantil? Onde está a caixa multibanco? Onde está uma simples coisa como um agente payshop? E poderia alongar-me aqui na lista da quantidade de coisas que Covelas NÃO TEM!
Eu gostava de ter lido uma entrevista onde o presidente da junta enumerasse uma série de aspectos positivos da freguesia, que apresentasse a freguesia como uma boa alternativa para quem quer mudar de casa, e que convidasse as pessoas a residirem em Covelas!
Em quase 30 anos de gestão de PSD é inadmissível só construir a sede da junta de freguesia no último mandato! Durante todos estes anos, a sede funcionou em sítios precários, e seria deveras vergonhoso terminar um longo período de gestão da freguesia e nem um edifício de sede de junta ter construído!
Lembro-me de a Junta de freguesia em tempos ter levado os jovens da freguesia a Lisboa ao Oceanário. Para mim, não tinha muito significado, pois felizmente nunca precisei de excursões para sair de Covelas, mas infelizmente, muitos jovens da freguesia aproveitavam estas oportunidades para conhecer outros sítios. De um ano para o outro, terminou! Mas para os idosos continua… Porque? Porque a sede de poder é muita e como todos os idosos votam, compensa mais levar os idosos a passear.
Gosto muito da freguesia de Covelas, mas não posso concordar com o que foi dito. Covelas continua na lama… Covelas é “no country for old (and young) people” (não é terra para novos e velhos…)

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Nem só de política vive este blog


Como nem só de política vive este blog, embora ela esteja presente quase em todos os assuntos, inclusive na escola, irei introduzir um tema polémico que é a energia eléctrica nuclear.
Quando entrei neste projecto (blog), foi-me dito que os temas não precisavam de ser apenas de política, seria do que o autor quisesse, portanto, espero não estar a ser incomodo com a introdução deste tema.
Este é um tema pelo qual me interesso bastante, até porque a minha área de formação está relacionada com ela, e gostaria de colocá-lo à discussão neste blog.

Uma das grandes áreas de consumo hoje em dia é a Energia, necessitamos de energia para quase tudo, inclusive para estar ligado a este blog, com a energia eléctrica a alimentar o nosso computador.
A energia é uma área de tal modo importante para o desenvolvimento, que até existem índices de desenvolvimento de uma área ou região baseados justamente no consumo de energia dessa mesma área ou região.
Actualmente em Portugal, as grandes centrais de produção de energia consomem combustíveis fósseis, tais como Carvão e gás natural. Inclusive, em Portugal a central eléctrica com maior potência instalada (1256 MW distribuídos pelos seus 4 grupos geradores) funciona a carvão fóssil importado, com todas as desvantagens associadas, desde o consumo do combustível fóssil até à poluição da atmosfera com o carbono resultante da combustão. É uma central que utiliza o carvão para aquecer a água que gera vapor-de-água e desta forma faz funcionar a turbina do gerador.

Actualmente a grande desvantagem das centrais nucleares são os resíduos radioactivos resultantes da fissão nuclear, da qual é aproveitado o calor desse processo para a produção de vapor-de-água, e pelo que tenho conhecimento, grande parte desses resíduos radioactivos são colocados em contentores e lançados em alto mar, e eu próprio fico a pensar quanto tempo esses contentores demoraram até se deteriorarem e contaminar as águas? Mas nem tudo são desvantagens.

A tecnologia nuclear não produz carbono para a atmosfera, nem modifica a paisagem drasticamente como é o caso das barragens e parques eólicos e um só grupo gerador é capaz de produzir quase tanta energia eléctrica quanto a Central termoeléctrica de Sines inteira com os seus 4 grupos geradores. As vantagens da energia nuclear são tão notórias que existem grupos de ecologistas que a apoiam, defendendo uma alteração radical em direcção à energia nuclear como forma de combater o aquecimento global.
A grande esperança na energia nuclear prende-se com a investigação na fusão nuclear, que ao contrário da fissão nuclear, não produz resíduos radioactivos.

Não podia deixar de falar na mancha negra na história da energia nuclear que foi o acidente de Chernobyl em '86, mas temos de ter atenção à imprudência dos engenheiros desse reactor, que ao efectuar testes ao reactor que deveria entrar naquela noite para manutenção, retiraram as hastes de protecção do reactor que os estava a impedir de prosseguir com o teste. Se bem que o facto da probabilidade de um acidente nuclear em Portugal não é motivo para a anulação dessa possibilidade de termos uma central nuclear, pois a tecnologia de hoje em dia avançada em relação à década de '80 permite-nos uma maior segurança, para além de que Espanha tem uma das suas centrais nucleares constituída por 2 grupos geradores em Almaraz, a cerca de 100km da fronteira com Portugal e utiliza as águas do Guadiana para a produção e refrigeração nos grupos geradores.

Muito mais seria possível falar sobre este tema, muitos debates e muitas opiniões, sobre muitos mais aspectos positivos e negativos desta tecnologia, mas penso que disse o suficiente para já, e gostava de vos deixar a pensar sobre este assunto e saber quais as vossas opiniões sobre o mesmo, já que é um assunto polémico e susceptível de levantar muitas opiniões contrárias.

Cumprimentos;

Nuno Costa

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

O obscurantismo do sector público

Por muita areia que nos atirem para os olhos, por muito que se tente esconder o sol com uma peneira, todos sabemos (alguns acham que não sabem mas lá no fundo não têm dúvidas) que a realidade do “tachismo” (adoro este termo) não é um mito. Ouço a esquerda a falar em igualdades, ouço a direita a falar de meritocracia, mas na realidade, o acto profissional do “abanamento” da bandeira em campanha ou o simples facto de se ser filho de A ou amigo de B, são das melhores referências para ingressar no admirável mundo novo das empresas municipais e não só. Aqueles fantásticos empregos em instituições de tal forma funcionais que nem é preciso trabalhar à Sexta-feira porque as autarquias portuguesas são, aparentemente, superavitárias. Terá este facto alguma relação causa/efeito com o magnifico desempenho da administração pública portuguesa?   
Depois assistimos a debates intensos entre juventudes partidárias, nomeadamente as duas que “descendem” dos dois partidos que controlam o aparelho político nacional, PS e PSD, com o intuito de perceber quem é o campeão das avenças. Recordo-me de participar numa dessas discussões na qual um elemento de uma das “J’s” me tentou convencer que empresas municipais não necessitavam de concurso para o acesso aos seus lugares. Sinceramente fiquei com algum receio de verificar o que diz a lei portuguesa sobre este assunto não fosse tal barbaridade ser mesmo verdade. Não é, que alívio.
Podemos tolerar este tipo de situações? É claro que não. Numa sociedade democrática, a igualdade de oportunidades deve ser uma realidade, não apenas uma premissa. Acredito no conceito de igualdade como acredito no conceito de mérito, apesar deste último poder ser facilmente subvertido. A realidade dos favorecimentos no sector público para além de imoral não promove o profissionalismo. Coloca a gestão dos assuntos públicos nas mãos de pessoas sem real vocação, e muitas vezes sem a mínima capacidade, e corrompe as ideologias partidárias na medida em que atrai novos militantes com base na possibilidade de conseguir algo e não com base em dinamizar a nação através da sua ideologia.
Tudo isto leva-me a acreditar num triste facto: cada vez mais jovens entram para as fileiras dos partidos políticos, não pelos motivos que os deviam levar a entrar na política mas antes pela possibilidade de poderem vir a conseguir um bom emprego com pouco custo. Ou, melhor ainda, conseguirem chegar ao “harém” dos Ministérios e Secretarias de Estado onde o glamour dos carros topo de gama e dos cocktails contrastam profundamente com a realidade de um país que se precipita para o abismo da dívida. Onde um dia poderemos acumular uma bela e milionária reforma com um emprego numa multinacional à qual fizemos um favorzito ou outro durante o nosso tempo no “poleiro”. Onde pouco importa se exercemos bem ou mal as nossas funções porque nunca seremos julgados por elas no futuro e ainda nos arriscamos a poder dar cobertura a fraudes bancárias e sermos considerados arautos da integridade e da honestidade. Quem tem amigos não morre na cadeia.
Cumprimentos,
João Mendes

P.S. Existe, neste momento, uma discussão acesa no nosso concelho sobre a hipotética tentativa de controlo institucional da Escola Secundária da Trofa (EST) por parte do executivo socialista da Câmara Municipal da Trofa. Vários actores locais, de entre os quais destaco a JSD por ter sido o único organismo, tanto quanto sei, a denunciar publicamente esta situação, acusam a edil de estar por trás da instabilidade que se vive no liceu por, aparentemente e entre outras coisas, querer impor o seu próprio marido, Nuno Cruz, como representante camarário no Conselho Geral da EST. Não colocando de lado a hipótese do Sr. Nuno Cruz ser uma pessoa altamente competente para executar a função, não deixa de ser curioso, e até estranho, a insistência da presidente em que seja o seu marido a exercer a função. Principalmente por ser do conhecimento público as desavenças entre o Sr. Nuno Cruz e o antigo director do liceu, que levaram Nuno Cruz a retirar o seu filho da referida escola. Na minha opinião, a presidente Joana Lima deveria explicar aos trofenses o porque de uma escolha que para muitos levanta suspeições. Mais do que pela sua própria credibilidade, pela defesa da transparência que advoga.
Por ter sido uma questão levantada depois deste texto ter sido elaborado e por estar ligado aos temas que nele abordo, achei importante deixar esta nota para reflexão de todos os participantes.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Correio de Leitor- PETIÇÃO METRO TROFA

Chamada de atenção sobre atitudes que podem prejudicar
a nossa

PETIÇÃO METRO TROFA

Eu criei a Petição supra-partidária, pretendendo assim dar voz
a TODO O POVO, não sendo contra quem quer que seja, mas
sendo a favor de se repor a justiça, exigindo aos responsáveis, que
assumam de uma vez por todas, que ao ponto a que isto chegou,
não há hipótese de retrocesso ou de se pensar em alternativas,
e assim sendo, a solução é só…. FAZER A OBRA, e ponto final
parágrafo!

Como mentor, autor, e administrador da Petição, tenho assim toda
a legitimidade para pedir a união de TODO O POVO DA TROFA,
e ainda da solidariedade de todos os cidadãos da Região Norte
(e porque não, até do País), indo buscar inteligentemente tudo
o que nos une nesta justa causa, e pondo de parte querelas ou
posições que criem antagonismos, atitudes estas que só prejudicam
o andamento da adesão à Petição Metro Trofa, e a consequente
recolha de assinaturas de que tanto precisamos, PARA DAR
FORÇA Á RAZÃO.

Um dos grandes objectivos da Petição é provocar o debate na AR,
para o Governo reconhecer que tem que fazer já a obra.

Poderá não ser o suficiente, mas aí, já se está a preparar o terreno
para se recorrer às instâncias internacionais.

Não se pode pois fragilizar o movimento que está a crescer, pois
UNIDOS E COM DETERMINAÇÃO VAMOS VENCER.








Link da Petição:
http://www.peticaometrofa.tk/


Por

Henrique de Almeida Cayolla

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

De outro ponto de vista...

Pronto prévio: a última assembleia de freguesia de São Martinho de Bougado foi um degradante momento político do concelho da Trofa. Na maioria do tempo a assembleia decorreu sob um ambiente de evidente desrespeito por aquela instituição.
Mas vamos ao assunto. Esta assembleia foi marcada pelo PSD. Supostamente teriam algo para nos dizer, ou teriam projectos a apresentar. Nada mais errado. Durante uma hora vimos um arrepiante desfile de especulações, acusações, a mais elementar politiquice. E no fim, a montanha pariu um rato, nenhuma conclusão, nenhuma nova ideia, NADA. Os trofenses que lá foram sentiram que perderam o seu tempo, eu perdi o meu tempo, o PSD de São Martinho perdeu a sua credibilidade.
Qual foi a intenção afinal? É preciso deixar algo bem claro, não existe nenhum projecto ainda. Existe esboços, estudos, e um estudo prévio, o tal votado em reunião da câmara municipal em Novembro passado. O projecto final, será apresentado aos trofenses para ser discutido publicamente. E isso acontecerá, com toda a naturalidade, dia 25 de Fevereiro. A intenção foi anteciparem-se aos factos, parecendo promotores de coisa alguma, mas ficaram como defensores de coisa nenhuma.
Outra intenção. Confundir. Disseram que afinal vão existir construções. Vão? Quais? Ou será que são contra a construção de umas casas de banho? Ou contra a construção de um espaço coberto para realização de eventos? Disseram até que o parque infantil não iria existir. Afinal vai, e foram alertados para isso de imediato. Algo que seria evitável se tivessem consultado um arquitecto primeiro ou então, feito como qualquer trofense, e aguardado pelo projecto real para dar uma opinião e contribuir para a melhoria daquele espaço.
Enfim, chegou a ser constrangedor. O palco montado, os ânimos exaltados, toda a claque convocada para um conjunto de nadas e de mentiras.
A tudo respondeu o presidente José Sá. Sobre a postura do mesmo não vou escrever. Sou um admirador confesso desse senhor e acho degradante os ataques pessoais que lhes fazem. Tudo o que tenha a dizer é de rasgado elogio à sua postura, à sua classe e à sua clara defesa dos interesses de São Martinho de Bougado.
Dia 25 de Fevereiro teremos a oportunidade de fazer política a sério, de discutir com clareza e transparência o futuro dos Parques. Espero que os mesmos que engendraram esta triste encenação, esteja dispostos a acabar com a brincadeira.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

ODISSEIA NO PARQUE


No dia 31 de Janeiro, realizou-se uma Assembleia extraordinária da Freguesia de S.  Martinho de Bougado, requerida pelo PSD, com o objectivo de se debater a requalificação dos Parques.
Sobre a forma como decorreu a Assembleia não me posso pronunciar pois infelizmente não pude estar presente.
No entanto, e porque temos memória e porque temos princípios e porque não temos palavras de bailarinos, que rodopiam ao som da música e do tocador, resolvi escrever sobre os acontecimentos mais recentes que têm envolvido estes parques tão queridos por todos os trofenses para que não se perca o contexto .


ODISSEIA  NO PARQUE


Em 2008, os trofenses começaram a andar alvoroçados com uma série de notícias sobre o seu local mais emblemático e apreciado: o Parque de Nossa Senhora das Dores!
Essas notícias apareciam quase diariamente, a maioria delas sem emissário conhecido, e ora diziam que o Senhor Presidente da Câmara ia construir os Paços do Concelho em cima da Capela, que o Parque ia ser praticamente destruído, ou que a própria capela ia mudar de lugar (!!!.) Surgiam assim uma série de informações e contra informações, qual delas a mais catastrófica e apocalítica.
De um dia para o outro, surge um «outdoor» com uma frase enigmática: «NO PARQUE NÃO!»
O alvoroço aumenta e eis que um grupo dito espontâneo consegue reunir as assinaturas necessárias para convocar uma Assembleia de Freguesia extraordinária de S. Martinho de Bougado.
Na altura, eu era a única representante do CDS e senti-me um pouco perdida perante todos os acontecimentos e informações que constantemente me chegavam.
Habituada a preparar as minhas intervenções nas Assembleias com o maior rigor e empenho possíveis, pensei que a melhor forma de me inteirar da verdade da situação era pedir explicações ao principal visado, o Senhor Presidente da Câmara, Dr Bernardino de Vasconcelos.
E assim, na véspera da Assembleia extraordinária, em 11 de Dezembro de 2008, entrei pela primeira e até agora única vez no edifício da Câmara, para, também pela primeira vez, ter uma conversa de carácter político com o Presidente que, prontamente e com muita disponibilidade, me recebeu e ouviu .
Pedi-lhe que me explicasse o que havia de verdade em todas as informações que circulavam pela Trofa, sobre o Parque, pois no dia seguinte tinha de fazer a minha intervenção na Assembleia Extraordinária e gostaria de saber o que realmente se passava.
O Senhor Presidente explicou-me o que era verdade e o que era fruto das jogadas politicas da oposição que estava a utilizar o assunto para tentar ganhar espaço e popularidade junto dos trofenses.
Assim, fiquei a saber que realmente havia um projecto de dinamização e requalificação profunda de toda a zona que ia da Serração da Capela aos Parques. Explicou-me que através de estudos de técnicos credenciados, se chegou à conclusão que a única forma de revitalizar e dignificar a área dos Parques e envolvente era fazer algumas construções pois só assim se chamariam pessoas ao espaço. No entanto, frisou também que essas construções seriam devidamente enquadradas e nunca fariam o Parque perder a sua identidade e o seu papel de grande recinto de lazer e usufruto da natureza que os trofenses tanto apreciavam.
            Nessa altura tive oportunidade de lhe transmitir que a mim, pessoalmente, não me incomodava nada que houvesse intervenções no Parque pois sempre defendi que juntamente com o Bairro da Serração da Capela era aquele o melhor espaço para se criar a grande centralidade que a Trofa tanto necessitava.
            Percebendo que o seu projecto não estava a ser devidamente compreendido e apoiado pelos trofenses, o senhor presidente fez o que qualquer democrata faz: recuou e informou que ia promover novo projecto para aquele espaço, esperando chegar a um consenso mais alargado.
Bem, no dia seguinte, realiza-se a Assembleia dita «espontânea», onde um grupo perfeitamente identificado conseguiu mobilizar a população e assim, a pretexto do Parque, realizar um grande comício político.
E depois foi ouvir aqueles trofenses todos a carpir sobre o Parque, que era o local onde tinham namorado, onde as mães tinham recitado versos, onde os antigos faziam as suas romarias, onde se comemoravam as vitórias dos trofenses e que NO PARQUE NINGUÉM MEXIA!
Eu ainda fui dizendo que o passado do Parque foi glorioso mas que neste momento era um espaço onde já ninguém namorava, ninguém se sentia seguro e que nenhum pai deixava sequer que os seus filhos o atravessassem, quanto mais lá brincassem, sendo urgente uma intervenção de fundo. Fui insultada, interrompida, desqualificada, como se a minha opinião não tivesse o mesmo valor de qualquer outro trofense.
Aliás, qualquer pessoa que, naquela Assembleia quisesse dizer qualquer coisa que não fosse «NO PARQUE NÃO!» viu-se em maus lençóis e as suas intervenções serem interrompidas pelo Presidente da Assembleia.
Criou-se uma comissão de ilustres para defender com unhas e dentes o parque e o Presidente da Junta da altura, que por acaso continua a ser o mesmo, prometeu que enquanto ele estivesse à frente dos destinos de S. Martinho, nunca seria construída nem uma pedra ou derrubada uma árvore no Parque!
Entretanto, em Maio de 2009, o Senhor Presidente apresenta um projecto de reabilitação e requalificação dos Parques e a notícia surgida no NOTÍCIAS DA TROFA dizia mais ou menos assim:
«A Câmara Municipal da Trofa assinou um protocolo de financiamento resultante de uma candidatura ao Programa Operacional do Norte, que prevê a requalificação dos Parques (…) A candidatura envolve cerca de 10 milhões de euros e conta com uma comparticipação de 70 por cento.
O projecto prevê a requalificação dos dois parques da cidade da Trofa, com o apetrechamento das zonas verdes e de lazer (…) a junção dos parques permitirá ter uma grande área de espaço ajardinado, com infraestruturas para lazer como um novo parque infantil, "maior e mais atractivo” (…) contará com alguma beneficiação dos edifícios pré-existentes no sentido de haver um melhor enquadramento urbanístico e arquitectónico (…) "todo o verde que vemos no Parque é um verde para manter, melhorar e requalificar, tornando aprazível e com dignidade, capaz de atrair as pessoas a uma convivência forte". Está ainda previsto um parque de estacionamento "com cerca de 400 lugares" e "acoplado à estação de metro" que será subterrânea sobre os parques e que será "um dos pólos do desenvolvimento" do próprio espaço.(…) O projecto vai contar com parceiros de conforto como a Metro do Porto, Fábrica da Igreja Paroquial da freguesia de S. Martinho, o Instituto de Segurança Social, a Santa Casa da Misericórdia, a Cruz Vermelha, o ASAS, o Rancho Folclórico da Trofa, o Rancho das Lavradeiras da Trofa, o Rancho Folclórico de Alvarelhos, o Rancho Folclórico de S. Romão, o Rancho Etnográfico de Santiago de Bougado, o Grupo de Danças e Cantares de Santiago de Bougado, a APPACDM, a Escola Secundária da Trofa, os Agrupamentos Verticais das Escolas da Trofa, do Coronado e Covelas e do Castro.»
Novo escândalo! Agora o Presidente ia encher o Parque de mamarrachos ao longo da nacional 14, ia cortar árvores, em suma, nova tentativa de destruir o Parque.
Continuou o movimento «espontâneo» de trofenses a clamar com fervor «NO PARQUE NÃO!» e moveram todas as suas influências para impedir que mais este projecto fosse avante.
Requalificar, arranjar-sim, construir – nunca!, defendiam.
Entretanto, a partir de Outubro de 2009, verifica-se uma mudança política no Concelho e em Novembro de 2010, vemos no Boletim Municipal um projecto de requalificação dos Parques acompanhado deste texto
«A Câmara Municipal da Trofa vai lançar o Concurso Público para a requalificação dos Parques (…). Esta requalificação está integrada numa candidatura que engloba dois edifícios, um de serviços públicos e outro de apoio ao parque, com funções distintas. O primeiro vai integrar a Loja Social, a Brigada Pró-família, o Gabinete de Apoio ao imigrante , o gabinete de apoio à toxicodependência, o Gabinete de Apoio à 3ª Idade, o Centro Comunitário, o DNA da Trofa, o Gabinete de apoio ao Micro empresário, um espaço para actividades e sensibilização ambiental e outro destinado à Junta de Freguesia de S.Martinho de Bougado. (…) Este projecto de Requalificação dos Parques (…) foi aprovado no âmbito de uma candidatura (…) com um investimento elegível total de 9383.500 euros, cujo financiamento de Fundos Estruturais Europeus corresponde a 80% e uma contrapartida local correspondente a 20%.(…)»
Bem, aqui é que eu fiquei deveras confusa! Então a Presidente da Câmara não é a mesma do «No Parque Não»? Não é a mesma que rejeitou taxativamente qualquer construção no Parque e que fez disso uma das suas fortes promessas de campanha?
Li bem os dois textos de apresentação e não percebi diferenças de fundo pois se o primeiro previa a construção de edifícios ao longo da nacional 14, este constrói-os ainda não sabemos bem onde mas constrói-os na mesma, se um ia ceder espaços a instituições trofenses, o outro também cede espaços a instituições trofenses, embora diferentes.
Agora eu pergunto: o que fez o Presidente da Junta meter o seu papel de defensor do parque na gaveta e agora achar que este projecto é muito bom? Então e o seu Parque? As suas árvores? Os pássaros? Os poemas? Já nada disso interessa?
E o grupo «espontâneo» de cidadãos do «No Parque Não?» . E a comissão saída da Assembleia de Freguesia de Dezembro de 2008, que ia acompanhar e defender o Parque? Agora já não têm razões para lutar? O Parque já não corre perigo de ser descaracterizado?
Nada do que se está a passar me surpreende porque no artigo que escrevi logo após a Assembleia extraordinária, termino a dizer que o Parque foi só um pretexto, não a preocupação principal dos que a promoveram.
Pois é, mas houve alguém que com estas palavras lançadas ao vento e estas promessas feitas aos trofenses, conseguiu ganhar um município com escassos seiscentos votos de diferença. E quem é que me garante que essa meia centena de votos que lhe deram a vitória, não foram de trofenses que acreditaram mesmo que «NO PARQUE NÃO?»
Haja decência! Como se consegue credibilizar a política com atitudes destas?

Por

Maria Emília Cardoso 

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Um faz de conta da manipulação de opinião




Actualmente na Trofa, vive-se um grande alarido em volta da questão do Metro.
Todos os esforços em prol deste investimento são bem-vindos, todos eles. Os trofenses têm de se unir para a resolução desta causa comum.
A JSD Trofa como estrutura partidária colocou dois outdoor’s, um em S.Martinho de Bougado e outro no Muro, alertando para a camuflagem de culpa por parte daqueles que aparecem para as câmaras de filmar. Logo surgiu alguém incomodado com o “véu retirado”, acusando a Jota de fracturar a opinião pública, mas muitos mais também a dar os parabéns à JSD pelo esclarecimento.
Declarações atacando a JSD não fazem qualquer sentido, pois GRAVE é o facto de partidarizar o movimento, concordam comigo? Passo a explicar:
Não acharam muito oportuno no dia anterior ao boicote no Muro, dia de reflexão Nacional, a JS colocar uma tarja branca no Porto, assinada por essa mesma estrutura e utilizando o Slogan do movimento Murense de luta pelo Metro? Pois é, a JS tentou desta forma capitalizar para si os louros da criação de um movimento cívico que não foi criado por eles.
Mas a história continua, depois de ter exercido o seu direito de voto, a presidente da Câmara da Trofa, junta-se ao movimento de boicote às eleições no Muro, na mesma altura em que os meios de comunicação social estavam presentes no local, encostando em si uma t-shirt com a frase de ordem “Metro para a Trofa, JÁ!” Reforço a ideia, a Presidente da câmara da Trofa encostou a t-shirt, não a vestiu, não vestiu a causa (até porque votou), apenas a utilizou como “fachada”.
Não pretendo com isto desculpar o executivo anterior, porque é sabido que também terá a sua dose de responsabilidade, pretendo sim mostrar que o actual executivo, para além de tentar transformar este assunto numa questão política, tem responsabilidades muito além de um qualquer Trofense, a Presidente da Câmara tem o poder de marcar reuniões para debater o caso com entidades responsáveis, e este é só um exemplo.
Vou frisar para que não me entendam mal, eu sou completamente a favor da criação deste movimento cívico, sou pela petição Metro para a Trofa e sou pela luta positiva para trazer esta obra para a Trofa, mas não concordo que sujeitos com responsabilidade e poder acrescido se apresentem nos telejornais a representar, como se de uma peça de teatro se tratasse.
Na minha opinião, a JSD Trofa não fracturou movimento nenhum, a JSD fez o seu dever de alertar e mostrar a realidade que tem vindo a ser escondida aos habitantes deste município.
Se existe discórdia, é porque existe gente que, tal como eu, não consideram estas atitudes dignas de uma Presidente de Câmara.

Cumprimentos;
Nuno Costa