quarta-feira, 9 de março de 2011

Os meios de comunicação social e a sociedade


"Sete meses depois a Trofa vai de mal a pior", é o primeiro título da capa da edição especial dos 50 anos do "Jornal da Trofa", a qual tive muito gosto em adquirir e que me presenteou com fotografias de locais da Trofa à poucos anos atrás, lado-a-lado com fotografias actuais, que me permitem afirmar que muito foi feito, sem esquecer claro a contribuição com um artigo da colega colaboradora desta plataforma, Maria Emília Cardoso à qual deixo desde já os meus parabéns.
Nesta edição especial do "Jornal da Trofa", muito se pode ler contra o actual executivo camarário, mas eu não quero acreditar que possa ter sido este o motivo do cancelamento das periódicas publicações deste jornal que muito contribuiu para a informação dos habitantes do nosso concelho, dando asas a teorias de "tentáculos de polvo".

Os meios de comunicação social adquiriram nos últimos anos uma importância enorme, tanto em edições em papel como em edições online que cada vez mais adquirem mais seguidores. Não são vistos apenas como um meio de difusão de notícias, como também são um meio de transmissão de opiniões pessoais, sendo até utilizados para movimentações de pessoas em massa e até mesmo manipulação de opinião pública, bastando apresentar uma determinada notícia  de outra forma e com outros dados que será o suficiente para a opinião pública ser alterada.
Por todos estes motivos e por muitos mais, é fácil atribuir elevada importância aos meios de comunicação, sendo que o número e a diversidade destes meios apenas venha elevar a qualidade da opinião pública, pois um sujeito apenas pode decidir bem, se tiver adquirido a informação suficiente para tal e é de salientar que ultimamente as pessoas cada vez mais formam uma opinião pessoal, não se baseando na opinião dos outros, e eu acredito que este facto se deve ao aumento das fontes de informação aliadas a um aumento do grau de escolaridade que se verifica actualmente.
Não estou com isto a dizer que o único jornal que temos actualmente é mau, nada disso, muito pelo contrário, contribui com a sua parte, mas na minha opinião é preciso mais, mais diversidade de opinião, mais pontos de vista sobre as mesmas notícias, pois só assim reunimos a informação suficiente para podermos construir uma opinião própria com coesão e bem argumentada.

Cumprimentos;

Nuno Costa

1 comentário:

  1. Caro Nuno,

    Triste realidade essa que nos relatas. O controlo da comunicação social sempre foi um tique dos déspotas deste mundo. Uma das questões mais sensíveis neste capitulo, pelo menos na minha opinião, tem a ver com a quase nula cobertura que se dá aos encontros anuais do Clube Bilderberg onde os grandes políticos, empresarios, opinion makers, magnatas do petróleo, dos media ou do armamento da Europa e América do Norte se encontram anualmente, à porta fechada e a comunicação social não vê lá qualquer interesse. Continua a ser uma das mais poderosas armas ao dispôr do Homem.

    Relativamente ao teu artigo, que aplaudo, queria deixar-te duas notas: em primeiro lugar, e sem emitir juízos de valor, na minha opinião, os dois primeiros parágrafos são elucidativos da orientação política do Jornal da Trofa: direita. Portanto, e como a Trofa não é diferente dos outros sítios, tinha dois jornais, cada um deles com clara orientação política, o que para mim é triste e corrompe a sua isenção.
    Em segundo lugar, queria te dizer que subscrevo a maior parte das ideias que expões ao longo do restante texto. A proliferação de informação, de opiniões divergentes e canais por onde a informação pode passar e fundamental para tornar o cidadão contemporâneo mais informado. Não obstante, raras são os meios realmente imparciais, onde por vezes, é preferível corromper informação do que prejudicar um anunciante/patrocinador.

    Obrigado por tocares numa matéria tão importante!

    Um abraço

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