quarta-feira, 16 de março de 2011

Em 7 meses, a Trofa vai de mal... a Melhor!

Li atentamente debate descrito no último JT.
Primeiro, reafirmo o meu lamento pelo desaparecimento deste jornal. Mas, simultaneamente, sou inflexível na convicção de que nenhum poder autárquico poderia contribuir, mesmo que involuntariamente, para a sustentabilidade financeira de uma jornal. Se o jornal não encontrou forma de se financiar junto do meio empresarial, se não conseguiu atingir patamares de qualidade que justificassem o investimento privado, então o encerramento é a solução óbvia. E defendo, consequentemente, a actual redução de despesa camarária nos meios publicitários e de propaganda, transaccionando essas verbas para o que realmente contribuiu para o aumento da qualidade de vida dos trofenses.
Mas indo ao debate e passando a nota prévia. Tomei a liberdade de sublinhar as afirmações conclusivas relativas a diversos temas que foram abordados pelas diversas personalidades, a grande maioria pertencendo aos partidos de direita, o que não é segredo para ninguém.
Em cada tema, terei o rigoroso cuidado de apenas transcrever o que vem referido no JT.
Paços do Concelho
“Construção dos Paços do Concelho com avanços significativos.”
“hoje se está muito mais perto de uma solução para os Paços do Concelho do que há sete meses atrás. A conclusão foi partilhada pelos restantes membros da mesa”
“a câmara está seriamente empenhada em chegar ao acordo com os proprietários dos terrenos”
Associativismo
“não há dúvidas que quando não há dinheiro é preciso reduzir”
“uma das críticas que tenho a fazer-lhes [ao anterior executivo] foi o facto de terem criado, ficticiamente, um conjunto de associações que não existem. Não são nada e foram apoiadas com subsídios, o que é grave”
Situação financeira da câmara“as receitas correntes são quase correspondentes às despesas correntes”
“a responsabilidade é da péssima gestão anterior. Gostaria que eles estivessem agora a governar para ver como iriam arranjar soluções”
“É necessário inventar, criar, fazer alguma coisa. Agarrar-mos ao passado é que não nos leva a lado nenhum”
Metro para a Trofa
“o mérito ou falta dele não pode ser, na opinião de Luís Reis, atribuído a nenhuma das gestões camarárias”
Novas estação da CP
“nova estação da CP correspondeu às expectativas”
Requalificação do Parque
“È imprescindível haver construção. A solução passa por fazê-las num lugar que provoque menos impacto, que é o que está previsto”.
PDM
“Plano Director Municipal continua sem dar respostas”

No final do debate surge a misteriosa expressão: “sete meses depois, a Trofa vai de mal a pior”. Se lerem na integra a entrevista, e pelo que aqui transcrevo, ficámos até com a ideia contrária. Existe progresso, iniciativa e esperança. As dificuldades vêm do passado e estão a ser transpostas. Este última frase e que até vai para manchete, é dita não se sabe por quem, aparecendo caída dos céus.
Porquê a inclusão desta expressão? Porquê este jornalismo tendencioso? Fiquei com a franca ideia que a jornalista fez toda a peça, mas depois alguém escreveu o último parágrafo. Lamentável.
O importante é, de facto, o conteúdo. E optimista fiquei quando percebi que mesmo aquele painel, partilha do optimismo dos trofenses e vê evolução e esperança nos últimos progressos a que assistimos.
O caminho é duro. Mas a Trofa está a conseguir caminhar para o futuro.

6 comentários:

  1. Eu fiquei exactamente com a mesma ideia quando li o JT.
    Porque carga de água surge aquele titulo e aquela expressão?
    O JT não consegue mesmo esquecer algumas raízes. Não equeçamos que o anterior director era militante do PSD, o sr.Vilela, e o actual, Assis Serra Neves, era apontado como sucessor de Bernardino Vasconcelos no seio da social democracia trofense.

    Mas, mesmo assim, o debate tem bom conteúdo e fiquei satisfeito "optimista" com o que se disse.

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  2. O JT era um jornal que me chocava. O próprio director estava nos comicios do PSD.
    O jornal era completamente inclinado. chegava-se ao ponto de, em periodo de pré campanha, existirem artigos anonimos a acusar a actual presidente. Artigos anonimos nosso jornal? mas que é isto.
    E esta semana foi o mesmo! Um artigo assinado por vox populi que diz que os trofenses nao podem ser cobardes e devem-se exaltar. um anonimo a falar de cobardia? Teve graça.
    Por isso bom artigo este do Jose Santos. A tocar na ferida.

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  3. Mas é que o Vox Populi não é o unico, há um tambéma assinado como ES... uma assinatura dessas, vale tanto como uma assinatura aqui no blog.
    Mas para mim, o mais "absurdo" é o texto do Eugénio Gomes, referente a uma Assembleia Municipal que aconteceu em junho do ano passado! Em junho, o jornal ainda saía para as bancas... Este sim, foi para mim o maior "escandalo"...

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  4. Boa tarde.

    Antes de mais, parabéns pelo blog. Como local de debate e de consciencialização, parece-me que se levantam sempre questões muito pertinentes.
    Como jornalista do JT e uma das responsáveis pelo artigo do qual falam, não posso deixar de dar a minha opinião. Opinião esta que dou aqui e não está de modo algum patente nesse artigo.
    Todo o artigo é feito com base em conclusões que se alcançaram num debate. Têm razão quando dizem que há esperança e uma atitude positiva em vários aspectos. Vários elogios foram feitos, com mérito. E, sim, a Trofa caminha bem, mas lentamente. «A trofa vai de mal a melhor» é a sua opinião. «A trofa vai de mal a pior» é a opinião dos intervenientes deste debate, que mais não é do que um encontro de pessoas para partilharem, isso mesmo, opiniões.
    Fala em jornalismo tendencioso e eu respeito a sua opinião. Mas não me parece tendencioso a partir do momento em que não só existem críticas como elogios. Não estamos a seguir qualquer tipo de "tendência". Se a informação tirada para manchete foi a que foi, é um critério jornalístico, que ainda me lembro de ter aprendido na faculdade. Um sítio onde também aprendi a lidar bem com as críticas, às quais agradeço :)

    Peço desculpa por estar a ser insistente, mas só mais um pormenor. ES são abreviaturas para Elisário de Sousa, um cronista muito respeitado do JT. Se o lê, sabe que o "ES" é responsável pelo Ponto de Vista.

    Cumprimentos,

    Andreia Azevedo, ou, AA (também posso assinar artigos com as minhas iniciais)

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  5. Caro amigo Zé,

    Parabéns pela tua publicação e obrigado pelas informações que disponibilizas para quem como eu não teve oportunidade de ler a edição especial do JT.

    Apenas queria deixar uma nota à tua publicação: é curioso que demonstres tanta animosidade em relação ao jornalismo do JT que apelidas de "tendencioso" quando este jornal transcreveu, tal como indicas, um debate entre várias personalidades, maioritariamente de direita, personagens essas que foram capazes de fazer críticas positivas ao actual executivo e de criticar de forma dura o anterior executivo em matérias como o associativismo e a situação financeira da CMT. Mas partilho contigo a opinião que devemos salientar os aspectos optimistas realçados por este debate que demonstram a Trofa a evoluir positivamente em alguns campos.

    Por outro lado, as intervenções do Gonças e do(a) JTT não deixam também de ser curiosas pela forma como demonstram a sua revolta contra um jornal que, pelas suas palavras, fica a sensação de ser controlado pelo PSD mas ignoram que o director do NT é marido de uma colaboradora próxima de Joana Lima na CMT. Dois pesos e duas medidas.

    Relembro-vos um artigo provocador e muito falacioso publicado no NT há poucos meses atrás, posteriormente transcrito para o blog da JS intitulado "Crónicas do Reino" que para além de tendencioso continha linguagem altamente manipuladora e distorçeu a verdade que tentava relatar. Infelizmente, a credibilidade da imparcialidade da Comunicação Social anda nas ruas da amargura há algum tempo...

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  6. Prezada Andreia Azevedo,

    Muito obrigado pela sua participação no nosso blog e pelo esclarecimento prestado. Saúdo a forma descomplexada e equilibrada como nos apresentou a sua opinião do ponto de vista jornalistico que, para um leigo no que toca a jornalismo como é o meu caso, me pareceu bastante imparcial e desprovido de pareceres pessoais.

    Cumprimentos

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