terça-feira, 22 de março de 2011

O principio do Fim...


Nas ultimas vezes que tenho escrito para A Voz da Trofa, tenho abordado a situação político-partidária do nosso País, esta semana após a apresentação do PEC IV de tudo circo mediático que se sucedeu é incontactável debruçar-me novamente sobre o tema.


Se muitos desejavam que este governo não chega-se ao próximo orçamento após o discurso de tomada de posse de cavaco silva isso ficou claro. Cavaco prometeu exercer uma magistratura activa, na defesa dos interesses de Portugal. Os juros da divida nos mercados de capitais ultrapassaram os pela primeira vez os 8%, os partidos não se sentam a mesa para negociar matérias decisivas para o futuro só nosso pais. Já se ouve falar em eleições antecipadas, mas onde esta o Sr. Presidente da Republica de que esta a espera Cavaco Silva para intervir? O reputado economista não sabe quais são as consequências dos tumultos criados pelos partidos.


O PS como partido de governo continua na mesma linha de actuação, “piscar o olho” aos abutres, perdão, aos mercados de capitais, tentando restabelecer a confiança no nosso País.Com alguns tropeços as noticias da execução orçamental de 2011 são animadoras. Por seu lado o PSD como maior partido da oposição, sedento de poder, líder nas sondagens, aproveitando a contestação social nas ruas ao actual governo faz o discurso da mudança necessária, não dizendo em que consiste essa mudança. Apenas mudança por mudança. Sabemos que Passos Coelho, pretende liberalizar o mercado de trabalho privatizar algumas empresas e pouco mais se sabe dos seus intentos. Eis que os barões do PSD começam a ficar impacientes “ passos coelho manda calar os boys para conseguir segurar o barco”, mas não tem resultado. Com a apresentação do PEC IV Passos Coelho (PC), Tem a oportunidade de ouro de para fazer cair o governo. Ontem para meu espanto PC imite um comunicado bilingue, que sucintamente diz o seguinte. Passos Coelho refere que só com um “amplo consenso” o país poderá “adoptar medidas adicionais de austeridade” e acusa o Governo de assumir uma postura “omissa” e de “negligenciar procedimentos democráticos”. E o que falta para um amplo consenso? O Ps propôs uma coligação de governo com o PSD. Então Passos Coelho disse o seguinte, em bom português. O PSD é líder de sondagens vamos lá criar uma crise politica de uma vez por todas que eu quero ser Primeiro-ministro. Mas continua tudo igual, comprometo-me pelas medidas anteriores que o governo tomou, assim como e o PSD e CDS aprovaram estas medidas de forem governo. Como é que os mercados olham para esta crise nacional? E as instituições Europeias. Já pensaram o que acontecera se PSD nas próximas eleições não tiver uma maioria absoluta, mesmo que coligado com o CDS?

Por 
Daniel Neira

8 comentários:

  1. Primeiro, quem causou a crise foi o governo, porque sabe que a sua gestão desastrosa nos levou à inevitabilidade do FMI e não quer a batata quente. Claro que isso não os impede de tentar sacudir água do capote, repetindo incessantemente que a culpa é dos outros que não querem negociar o que já foi decidido (mesmo assim há quem não veja a falha nesta lógica...).

    Segundo, o que o exterior vê neste governo é óbvio! Ele teve até agora carta branca para fazer tudo, e mesmo assim os juros da dívida chegaram a isto - o que significa que este governo não tem credibilidade NENHUMA. A única maneira de Portugal se levantar outra vez é um governo PSD+CDS+PS (a contestação do PS, ainda que com um governo maioritário, seria prejudicial para a imagem externa) liderado por Passos Coelho (que é sem dúvida a única pessoa com uma visão e um plano para o país). É óbvio para qualquer pessoa minimamente isenta que é a melhor solução, e espero que haja boa vontade suficiente entre todos os partidos para a tomar.

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  2. O Passo Coelho é zero.
    Rui Rio, Antonio Costa, poderiam ser PM.
    Mas Passos Coelho é de assutar. Nulidade completa.

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  3. JTT, não sei quem você é, mas o seu comentário também é Zero, um zero dos pequenos.
    Então diga-nos lá porque é que Passos Coelho é zero... deixe-me adivinhar, porque faz-lhe muita confusão que o próximo primeiro ministro não seja cor de rosa.
    Rui Rio, António Costa, sim claro, também acho que poderiam ser bons primeiros ministros, mas se fosse algum deles o candidato você teria exactamente o mesmo discurso, só que trocava a posição dos nomes.
    Sinceramente, estou cansado de ver comentários pequenos como o seu, muitos deles são mesmo seus...

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  4. Que aflição pelo meu comentário! Logo com 7 pedras para me atirar.
    Eu sou favorável a um governo de coligação com o Rui Rio do PSD ou antonio costa do PS.
    E PC é um zero, porque é zero de ideias e zero de liderança. Olhe a quantidade de trapalhadas em que se meteu desde que é lider.

    Agora esse nervosismo e pressa de poder é que prejudicam o país.

    Com tudo isto sabe o que acontecer? demite-se Jose Socrates, entra o FMI, há eleições e Socrates vence! Depois governa com o FMI e diz que a culpa nao é dele.

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  5. Ele já diz que a culpa não é dele, e vai continuar a dizer até ao fim do mundo. Sabe porquê? Porque há sempre quem acredite. Uns demitem-se (ou são demitidos) porque fazem corninhos, façam um bom ou mau trabalho. Outros fazem 30 por uma linha, levam o país à falência, e continuam lá em cima com um sorriso nos lábios.
    Tomara eu que o PS encontre um bom candidato a PM, um que seja um bom governante, e não um bom vendedor. Eu não fico minimamente incomodado por ser governado pelo PS, se for bem governado... Mas assim não.

    E por favor não leve a mal, mas peço-lhe que tenha atenção para não fazer comentários constituídos apenas por insultos vazios JTT, senão arrisca-se a ser pago na mesma moeda.

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  6. Caro Nogueira


    Não estou preocupado de quem é a culpa de um crise politicam estou preocupado com as consequencias dessa crise. Arranjar um bode expiatório para a crise, isso não é politica é politiquese. Acho engraçado que um pessoa afecta ao PSD pode falar em gestão desastrosa. Não precisamos de recuar muito, na ultima vez que o PSD este no poder coligado com o CDS-PP, herdou o Pais em 2001 com o deficit de 4.1. Numa época em que a Europa crescia e a bom ritmo Portugal estava em recessão. Passados 3 anos e após muitas privatizações, a deficit situava-se em 6.78%. Quando Sócrates ganhou o primeiro mandato foi resolver as trapalhadas de Ferreira Leite e Bagão Felix.O PS nos ultimos anos governou o Pais sempre num contexto de crise, primeiro resolver essa trapalhadas e depois a crise de 2008. (E por falar em gestão desastrosa a década governada por cavaco fica para a próxima.) Nogueira eu NÃO estou de acordo com a maioria da medidas do PEC IV, mas o que eu espera do PSD como maior partida da oposição, era negociar o PEC até a exaustão, para que as medidas fossem menos gravosas para os Portugueses. Todos sabemos quais são as consequências de uma crise politica. Estará o PSD disponível a Assumir a responsabilidade da entrada do FMI no nosso Pais?


    Amigo Nuno


    É claro que passos Coelho não é Zero, contudo não é o grande estadista que muito sociais democratas fazem querer. A forma que fez oposição a Ferreira Leite e a forma que tem feito oposição ao Governo são bem exemplo de que passos coelho tem muito para andar. Tal como disse Morais Sarmento, "Passos Coelho é um OVO quinder". Muito bonito por fora, mas não se sabe o que têm dentro...

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  7. Daniel,

    Parabéns pelo teu artigo e análise realista dos acontecimentos recentes na terra oportunismo. É clara a postura de tentativa ostensiva de obtenção do poder político por parte do PSD e do seu líder, Pedro Passos Coelho (PPC). Após aprovarem os outros PEC's, os dirigentes sociais democrates decidiram tirar o tapete ao PS não em defesa dos interesses nacionais mas antes em defesa dos seus interesses estratégicos, isso é claro. José Sócrates, por seu lado, ameaçou demitir-se caso o PEC IV não fosse aprovado, algo que era praticamente um dado adquirido e lá conseguiu o argumento que precisava para saltar fora e reaparecer como candidato a novas eleições pelo PS. As estratégias estão montadas e a campanha eleitoral começou ontem com a declaração do PM ao país.

    Irresponsabilidade. No meio de toda esta crise económica, o que precisamos mesmo é de novas eleições para gastar 18 milhões de euros, retirar o foco das reais necessidades dos portugueses e recolocar o poder nas mãos de alguém que com certeza irá prometer mundos e fundos para depois, uma vez instalado no poleiro, poder dar seguimento ao discurso medíocre da que a situação é pior do que se esperava, herança pesada e o blá blá blá do costume que os portugueses adoram. Mais uma novela para o horário nobre nacional.

    Um abraço

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  8. Caro Nogueira,

    Não sejas redutor. Dizer que "quem causou a crise foi o governo, porque sabe que a sua gestão desastrosa nos levou à inevitabilidade do FMI" é a mesma coisa que dizer que cada vez que um novo governo toma posse tudo recomeça da estaca zero. Acreditas mesmo nisso? Não achas que os erros passados dos sucessivos governos tiveram uma contribuição no actual estado de coisas?
    Concordo contigo que a melhor solução no curto prazo é um governo de unidade nacional mas não me parece que seja necessário ter o CDS incluido senão, que legitimidade existe para deixar BE e PCP de fora?

    Um abraço

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