quarta-feira, 20 de abril de 2011

A Sociedade adormecida

Parte III – O Grande Irmão
Não é possível desenrolar todo o novelo sem perceber quem o enrolou. O 25 de Abril é apenas uma das situações que foram manipuladas “laboratorialmente” nos anos precederam a Segunda Guerra Mundial, da mesma forma que os meses que antecederam o ataque japonês a Pearl Harbor ficaram marcados pelo congelamento de bens japoneses e aplicação de sanções por parte das autoridades norte-americanas que se tinham declarado neutras face ao conflito, deixando os nipónicos com poucas escolhas. Como disse um dia Napoleão Bonaparte, "History is the version of past events that people have decided to agree upon." (A História é a versão dos eventos passados sobre os quais as pessoas decidiram concordar). Mas afinal, quem detém o poder para influenciar o rumo dos acontecimentos internacionais e como consegue que tal aconteça? Para responder a estas perguntas, necessitamos de entrar num domínio que para muitos não passa de uma “conspiração” mas cujas evidências não podem ser eternamente ignoradas.
Apesar de alguns historiadores mais fanáticos apontarem as civilizações ancestrais do Egipto e da Mesopotâmia como o berço das organizações maçónicas, ainda que de forma pouco sustentável, a história da organizações maçónicas enquanto entidade que congrega génios, estadistas e influentes homens de negócios ou da banca, capazes de influenciar determinados aspectos da sociedade remonta ao período do Iluminismo quando destacados notáveis como Voltaire ou Montesquieu engrossavam as suas fileiras. Os propósitos destas organizações visavam a defesa da liberdade, democracia, igualdade e fraternidade, qual Revolução Francesa, e eram entidades cuidadosamente afastadas do grande totem do poder de então, a religião Católica. Evoluíram ao longo dos tempos, perdurando até hoje, e, apesar de todo o secretismo que as envolve, a sua existência é do conhecimento público. Apenas a agenda destes grupos continua envolta em nevoeiro cerrado, não obstante algumas fugas de informação.
Contudo, as Maçonarias evoluíram para outros patamares que deram origem a novas organizações globais (aqui a definição evolui de “maçónica” para “globalista”, o termo utilizado para descrever tanto as organizações como os seus membros), de onde se destacam a Comissão Trilateral, o Conselho de Relações Internacionais e, o mais proeminente de todos os grupos, aquele que mais interesse e influência exerce sobre a realidade portuguesa, o Clube Bilderberg. Poucos ouviram falar dele, muitos acreditam que não passa de uma “teoria da conspiração” mas a realidade é que existem muitas evidências que apontam para o facto de haver algo de errado com esta entidade. O Clube Bilderberg actua como um fórum anual que, apesar de reunir o “topo da cadeia alimentar” dos políticos, líderes militares, académicos e empresários, reúne à porta fechada, em hotéis patrulhados pelo exército com rigor elevadíssimo, não dá conferências de imprensa e não permite a entrada de jornalistas. É o expoente máximo do secretismo apesar dos nossos líderes políticos, de quem somos patrões, nunca abrirem a boca sobre o assunto quando questionados. Outro aspecto central sobre estes encontros é que raramente são difundidas notícias sobre os mesmos o que não deixa de ser estranho uma vez que se as férias das figuras públicas são notícia para tantos media, não faria também sentido que uma reunião à porta fechada com os principais actores globais fosse noticiada? Não é por acaso que o único membro permanente português do Clube seja Francisco Pinto Balsemão, histórico militante do PSD mas sobretudo patrão do Grupo Impresa. É ele quem convida os participantes portugueses e até já trouxe um dos encontros para o nosso país que teve lugar em Sintra, decorria o ano de 1999.
Não pretendo fazer uma análise exaustiva sobre os meandros das sociedades secretas. Não só porque precisaria de vários artigos para traçar um quadro detalhado sobre esta realidade mas principalmente porque deverá ser o próprio leitor a levantar questões e a retirar as suas próprias elações se entender que o deve fazer. Trata-se de um tema demasiadamente complexo, relativamente ao qual existe muita informação e contra-informação até porque as pessoas que controlam os grandes conglomerados dos media estão lá e são membros tão influentes como um dirigente político ou militar. Aliás, a ideia de que tudo isto não passa de uma “teoria da conspiração” é amplamente difundida pelos media que também se ocupam de ridicularizar todos os factos que gravitam em torno deste enorme ponto de interrogação. Estamos a falar de uma organização que se pauta por um rigor e eficiência muito elevados, gente que não brinca em serviço. Contudo, deixarei aqui duas notas que certamente deixarão o caro leitor a pensar sendo que outros aspectos relacionados com o “clube” serão desenvolvidos mais à frente, no decorrer desta “saga”:
·         Durão Barroso abandonou em 2004 o cargo de Primeiro-Ministro para presidir a Comissão Europeia. O anúncio foi feito a 25 de Junho de 2004, no dia imediatamente a seguir à célebre vitória de Portugal sobre a Inglaterra no Euro2004. Para além da conveniência do dia, no qual todas as atenções estavam ainda no jogo, convém salientar que 3 semanas antes, Balsemão convidaria Santana Lopes e José Sócrates, o Presidente da CM Lisboa e um deputado como tantos outros respectivamente, para a reunião anual em Stresa. Santana Lopes seria o PM de transição pós-Durão e José Sócrates suceder-lhe-ia. No ano anterior Durão esteve presente no encontro, 2 meses após ter sido o anfitrião da cimeira das Lajes;
·         No encontro de 2005, Balsemão leva o antigo PM António Guterres ao encontro anual dos bilderbergs. Duas semanas e meia mais tarde é apontado como Alto-Comissário das Nações Unidas para os Refugiados. É importante salientar que Guterres esteve também presente na reunião de 94 em Helsínquia, um ano antes de ser eleito pela primeira vez PM;
Poderia citar inúmeras outras curiosas conveniências deste simpático clube como o facto de Bill Clinton ter participado na reunião de 91 e ser eleito Presidente dos EUA em 92 ou Romano Prodi que participou em 99 e foi eleito Presidente da Comissão Europeia no mesmo ano. O leitor poderá olhar para todos estes factos e dizer que tudo não passa de curiosas coincidências. Existe uma organização que congrega os políticos, empresários, banqueiros e académicos mais influentes da Europa e América do Norte, que por sua vez controlam uma significativa percentagem do dinheiro e recursos dos planeta, são proprietários da maioria dos meios de comunicação social de maior abrangência nas suas áreas geográficas (e não só), reúnem à porta fechada protegidos pelo exército do país onde decorre a reunião e, na esmagadora maioria dos casos, os seus convidados pontuais são rapidamente eleitos para cargos de Primeiro-Ministro, Presidente da República, Secretários-Gerais de instituições como a Comissão Europeia ou a NATO (todos os líderes da organização estiveram presentes em encontros do “clube”) ou outros cargos políticos de grande relevância. Não serão coincidências a mais?
Aconselho a todos os interessados a acompanhar de perto o futuro político do pessoas como António Costa, Teixeira dos Santos, Rui Rio e Paulo Rangel que estiveram presentes nas duas últimas reuniões anuais dos bilderbergs. E o leitor poderá perguntar: “mas que importância poderão ter um Ministro caído em desgraça, um mero eurodeputado e dois presidentes de Câmara?”. Legítimo. Tão legítimo como eu lhe recordar que quando esteve presente no encontro de 2004, José Sócrates era um mero deputado que tinha ocupado um ministério de pouca relevância na era Guterres. No espaço de meses transformou-se no primeiro PM socialista com maioria absoluta na história do nosso país.
“Coincidência é a desculpa dos tolos e mentirosos”
Autor desconhecido

Cumprimentos,
João Mendes

26 comentários:

  1. Para quem quiser mais informação sobre este tema, recomendo:

    Livros:
    "Clube Bilderberg" de Daniel Estulin
    "Estado de Segredos" de Frederico Duarte Carvalho

    Documentários:
    "Zeitgeist"
    "Zeitgeist Addendum"
    "Zeitgeist Moving Forward"
    "Wake up call"

    Sites:
    www.danielestulin.com
    www.nndb.com
    www.suite101.com
    www.americanfreepress.net

    Investigadores:
    Daniel Estulin
    Jim Tucker
    Peter Joseph

    E como em tudo, todo o cuidado é pouco a analisar a informação que nos chega. É evidente que existe muita informação sem pés nem cabeça (pelos menos no que diz respeito a factos que a sustentem) que cruza as realidades aqui explanadas com extraterrestres, cultos do demónio e outros tipos de ocultismo. Na minha opinião apenas contribuem para descredibilizar as investigações feitas até hoje por homens que arriscaram as suas vidas, tendo alguns chegado mesmo a morrer...quanto mais escavamos, mais mentiras e esquemas duvidosos vamos encontrando e as peças invariávelmente começam a encaixar.

    Cumprimentos e boas leituras!

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  2. Sempre com as teorias da conspiração :P

    Mas, como já alguém disse "quando ouço os políticos a falar e vejo tanta idiotice junta, a minha única esperança é que os nossos destinos não sejam controlados por eles, mas por uma qualquer super sociedade secreta..."

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  3. Rui,

    Sim, sou um conspirador. Na realidade, tudo isto são coincidências e depois existem pessoas doentes como eu que tentam juntar estas peças soltas e elas acabam por se encaixar. Claro que na realidade é tudo fruto do acaso mas eu não tenho mais que fazer e então escrevo estas barbaridades. Nem sequer existem montanhas de documentos sobre estes temas e claro, é naturalissimo que as pessoas mais ricas e influentes do mundo se juntem uma vez por ano, à porta fechada, protegidas pelo exército do país anfitrião e que convidem sempre os políticos que, fruto do acaso, são imediatamente eleitos para cargos de enorme importância. Toda a investigação, documentários e documentos interceptados são apenas fruto da minha imaginação. Eu escrevo contos de fadas com mauzões conspiradores.

    Um abraço

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  4. Que existe o clube é inegável, mas sinceramente acho completamente natural que exista uma coisa dessas. Que a "nata da nata" (ou pelo menos quem eles consideram tal) se queira conhecer, trocar opiniões, e fazer política internacional.

    Mas não concordo nada quando sugeres que são eles que "mandam" em seja lá o que for: os exemplos que tu deste de gente que lá foi antes de ser eleita, tenho a certeza que lá foram porque era previsível que viessem a ter algum papel importante. O ano passado não foi lá a Ferreira Leite? E acabou por não ser, nem de perto nem de longe, eleita. Como tu próprio me disseste um dia, o Passos recusou comparecer na última, e foi eleito internamente com a mais clara maioria de sempre - um tipo que praticamente não teve um apoio de nenhum dos "grandes". Acho que isto serve para provar que a democracia continua a funcionar bem!...

    Se tivesse razão para suspeitar que tal sociedade "secreta" tinha algum objectivo destrutivo ou chocantemente contra a liberdade, a democracia, os direitos humanos... Até me preocupava. Assim nem tanto.

    Abraço

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  5. Rui,
    Agora estamos a trocar ideias 
    Como eu referi no artigo, para ser detalhado precisaria de muitos artigos. Citei duas situações que envolvem políticos nacionais de destaque, poderia referir dezenas de “coincidências” e, provavelmente, chegaria a um ponto em que me dirias: “Bem, começam a ser “coincidências” a mais, começo a achar que poderá haver aqui algo de errado.”. Ou não. Eu não sou dono da verdade absoluta, ninguém é. Eu gosto de investigar assuntos relacionados com política e relações internacionais e invariavelmente choco com realidades duras, demasiadamente duras para que a maioria das pessoas as prefira ignorar ou simplesmente acusá-las de conspirativas. Quando escrevo este texto, dou azo à minha liberdade de expressão (o que resta dela) e dou um contributo para uma discussão que me parecia credível e importante no momento que a humanidade atravessa. Parece me relevante que se conheçam bem os meandros da sociedade contemporânea e tudo o que isso encerra.
    Ok, tu entendes que é “natural” que exista uma organização desta natureza, que o grupo dos mais influentes políticos, líderes militares, magnatas da comunicação social e do mundo empresarial e financeiro da Europa e América do Norte se juntem e “façam política internacional”. Pelas tuas palavras, entendo que te parece apropriado que estes senhores tomem decisões que afectam todo o mundo independentemente da opinião da restante humanidade. O que te parece conferir-lhes esse direito? Qual a legitimidade que detém este grupo de pouco mais de 100 homens que lhes permita tomar decisões que afectam a quase totalidade do planeta?
    Eles mandam Rui, muito mais do que podes imaginar, mas isso não sou eu que te vou explicar porque se tens curiosidade és suficientemente inteligente para fazeres umas pesquisas e encontrares as respostas por ti próprio que é bem mais eficiente do que eu te apresentar a minha visão dessas informações. A Manuela Ferreira Leite (MFL) foi lá e pelo facto de ela não ter sido eleita tu achas que tudo o que eu disse antes cai por terra. Não cai, sabes porquê? Porque ela não tem que ter sido lá chamada para governar. Da mesma forma que a recusa do PPC em estar presente no ano passado se torna menos relevante quando um dos convidados deste ano é Miguel Relvas, o número 2 do PPC e que te garanto irá ter um cargo de enorme relevância caso o PSD vença. A MAF poderá ter apenas tido um papel na reeleição do Sócrates ao manter a liderança fraca que sempre a caracterizou e que não conseguiu unir os portugueses em torno do seu projecto. Tal como vocês sociais-democratas afirmam, a crise profunda não teria sido possível sem o Sócrates e metade dos banqueiros e empresários membros do Bilderberg estão a lucrar e muito com a nossa crise. Não sejas tão linear nas tuas análises, investiga.
    O que mais me intriga no teu discurso é que afirmes que tal serve para provar que a democracia está bem. Caro Rui, faz um exame de consciência e depois anda me dizer novamente que a democracia está bem. Cá estarei para te provar que não está.

    abraço

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  6. O que eu disse que serve para provar que a democracia está bem foi o exemplo do Passos ter sido eleito, talvez tenhas razão se achares que estou a generalizar demais, mas não retiro o que disse...

    A democracia tem imensos defeitos, mas está bem. Os grandes senhores que estão lá a manipular o destino do mundo, só estão porque os respectivos povos votaram neles e portanto, desde que não cometam atrocidades, estão lá legitimamente.

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  7. Rui,

    Acho que não estás a ver o cenário todo sinceramente. Recomendo-te que, de entre as fontes que disponibilizei, que vejas pelo menos o documentário Zeitgeist que irá esclarecer muitos aspectos. "Os grandes senhores que estão lá a manipular o destino do mundo", na sua grande maioria, não foram eleitos ou foram eleitos num processo de selecçao manipulada. Atrocidades? Desculpa Rui, com todo o respeito, estás a dormir de certeza...

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  8. Bem, eu podia continuar aqui a mandar bitaites, mas a verdade é que tu sabes bem mais do que eu desta matéria, e portanto rendo-me à minha insignificância.

    Sabes que a minha atitude perante coisas dessas sempre foi muito "não sei nem quero saber". Não tenho esperanças de algum dia saber ao certo, com provas concretas e contexto, os podres de alguma grande organização secreta. E se viesse a saber provavelmente não conseguiria fazer nada contra isso, portanto prefiro não me chatear...

    Abraço

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  9. Não te rendas a insignificância nenhuma. Admira-me essa tua atitude conformista, principalmente por seres uma pessoa pouco dada a alinhamentos de conveniência. Lamento que rejeites as provas translúcidas que te apresento e que nem sequer te queiras dar ao trabalho de investigar mas essa tua posição deixou-me surpreso. Não quereres saber, não te quereres chatear e principalmente acreditares que não consegues fazer nada contra isso demonstra toda a portugalidade que existe em ti. E por pensarmos assim que somos roubados todos os dias e vivemos num sistema altamente corrupto. Porque as pessoas pensam que nada podem fazer...parabéns, estás a ser um lacaio do sistema ao ficar quieto e calado no teu canto, é precisamente isso que ele espera de ti e, se possível, de todos...

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  10. Eu tenho bem a noção do que posso e não posso mudar. E não é por me chamares o que quer que seja que vou perder essa noção.

    Aliás, não és o primeiro que me vez com essa do "eu penso em grande, tenho uma visão global, e tu és um pacóvio da aldeia", tu sabes de quem estou a falar. O engraçado é que eu, na minha pequenez, pelo menos juntei-me a uma juventude partidária e dou a cara para tentar mudar alguma coisa. Não fico de fora a mandar bitaites, criticando sem propor soluções realistas. Quando conseguirem, com essa inteligência transcendente e visão de futuro que contrasta de forma ofuscante com a minha parolice, mudar alguma coisa, avisa-me se faz favor.

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  11. Estás a levar isto para o lado pessoal e não era essa a minha intenção. Se te chamo conformista é porque essa é a atitude que se lê nas tuas palavras. Se te chamo "lacaio do sistema" apenas o chamo em função de não quereres fazer nada porque achas que nada irá produzir efeitos. O que contrasta com a tua posição de dar a cara por uma juventude partidária para tentares mudar alguma coisa. Já trocamos ideias vezes suficientes para saberes bem que não te estou a dirigir insultos fáceis mas antes caracterizar a tua postura em função daquilo que tu próprio dizes.

    Em momento algum te defini como "pacóvio da aldeia". Pelo contrário, acho que és precisamente o inverso, dai ficar estupefacto com o teu conformismo que é evidente, és tu próprio que o assumes. Tu falas em ficar de fora a mandar bitaites sem prôpor soluções realistas mas tu estás numa juventude partidária ligada a um partido que, meu caro, ainda não conseguiu uma única solução realista para o lamaçal em que Portugal se encontra. Porque se quiseres fazer uma análise realista do Portugal pós-1974 verás que a alternância PS/PSD nos conduziu a esta lástima. As duas maiores forças políticas são incapazes de gerar soluções para o país e daí eu preferir ficar de fora. Achas que eu poderia contribuir mais se estivesse ligado a um partido? Se achas explica-me porque!!!

    Nas minhas intervenções já falei em muitas coisas que se poderiam fazer no país para equilibrar as coisas. Falei várias vezes em reduzir a despesa do estado de cima para baixo e não apenas em baixo, falei no controle financeiro/contabilístico para evitar fugas a impostos e situações do género daqueles empresários fuinhas que declaram rendimento mínimo e cujo Mercedes topo de gama contraste com o pedido de escalões e subsídios para os seus filhos, falei nos gastos excessivos e derrapagens nas obras públicas que alegremente se acumulam em Portugal, na opulência da classe política sustentada pelo contribuinte quando países muito mais avançados e estáveis como a Suécia alojam deputados em autênticas residências universitárias, falei na mentalidade megalómana dos portugueses que não têm dinheiro mas tem mais telemóveis do que membros no agregado familiar, férias na Páscoa e carros topo de gama...o que queres que faça? Que me inscreva num partido e me diriga aos seus líderes para apresentar todas estas interrogações? Para depois me responderem com paleio de saco porque são situações que não se podem controlar e blá blá blá? Eu não quero blá blá blá, prefiro limitar-me a ser um cidadão consciente que procura informação e que a tenta difundir ao máximo para sensibilizar tantos quantos puder e quiserem.

    O nosso problema é não querermos ver todo o potencial que temos e que juntos somos a maioria e sim, podemos mudar as coisas. Mas não esperes ver partidos políticos presos a financiadores que muitas vezes são elementos do próprio partido e permitirem que vás contra os seus interesses. E não precisas de uma sociedade comunista para conseguires criar mais igualdade entre as pessoas.

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  12. Não estou a sugerir que devias ser tu a tomar a responsabilidade de mudar o mundo, como eu não o faço, mas não aceito que tu e o dez menosprezem o esforço que se faz para mudar as coisas aos pouquinhos, e venham com ar superior dizer que têm grandes ideias e grandes visões, quando não conseguem fazer isso chegar à realidade, nem presumem conseguir. Talvez nunca consiga nada, mas também talvez um dia alguma coisa que diga, uma ideia que dê, uma iniciativa que tome dentro do partido ajude a fazer uma decisão tombar para outro lado.

    Se dizes que não é pelos partidos que se conseguem mudar as coisas, é como, sozinho?

    E eu sei que isto pode parecer um bocado injusto, mas eu apoio é "este" psd, o de Passos Coelho, o que fez, por exemplo, isto: http://www.maissociedade.com/ que permitiu fazer chegar propostas da sociedade civil ao gabinete de estudos, e que nos últimos dias têm sido divulgadas na rádio.
    No passado nunca apoiei ninguém, e não me parece que tenha lógica ter que responder por tudo o que é laranja lol

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  13. Rui,

    Estás a ser demasiadamente exagerado. COnvido-te a justificares por A mais B porque me fazes essa acusação de "ar superior dizer que têm grandes ideias e grandes visões". Existe alguma coisa que te perturbe ou que te seja inconveniente no meu tipo de intervenção? Desconhecia que tivesses essa ideia de mim e lamento. Repara que eu não tenho obrigação nenhuma em levar a cabo qualquer acção e ainda assim posso manifestar a minha opinião. O que refiro neste texto supera os partidos, estou a falar de equilibrio social e de acabar com a corrupção e os governos sombra. Pensas que um partido que esteve 37 anos como um dos 2 maiores partidos do sistema e que apoiou um PR envolvido na maior fraude financeira da nossa história tem interesse em mudar alguma coisa? Deixa-te disso Rui, isso é paleio de saco. Queres mudar alguma coisa a partir do teu partido? Então mobiliza os jovens e façam cair a escumalha que ocupa a cupula do PSD e deita por terra os interesses que eles servem. Tu tens tanta possibilidade de fazer a diferença dentro do partido como eu enquanto independente. As grandes revoluções, tenham elas sido armadas, populares ou de consciência nunca foram levadas a cabo por partidos mas sim por movimentos espontâneos de cidadãos. O teu partido tem muito fascista que se acomodou como o PS tem muito ex-comunista que queria uma vida mais folgada. Pensas que o Balsemão, a MFL, o Durão ou o Cavaco querem saber de nós? Eles estão-se bem a CAGAR para todos nós, querem é fazer favores aos amigos e receber o deles!

    Quanto ao teu PSD do PPC, o tempo dirá o que vem por ai. O Mais SOciedade, projecto que para tua informação conheço e muito bem, não passa de um movimento para propor medidas de direita por pessoas de direita. Achas que representa a sociedade? Representa a "elite esclarecida" ligada ao PSD que supostamente avanca propostas para melhorar a sociedade mas ainda não vi nada em concreto e nada me garante essas propostas avancem porque em Portugal, as promessas de campanha NÃO são para cumprir. Mas reconheço que poderá fazer a diferença, simplesmente ainda não vi nada até agora.

    O teu problema é que entendes que a solução está nos partidos (de preferência no teu) quando foram exactamente eles (o teu e o PS) que nos levaram para este abismo. Se quiseres posso ir ali num instante buscar um ditador e suspender a democracia durante meio ano como propôs a MFL. Oficializamos o Bloco Central, banimos os outros partidos e teremos uma ditadura de plutocratas.

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  14. Pronto, tens a tua opinião eu tenho a minha.

    O tempo dirá se quem vai mudar alguma coisa vai ser o Passos ou um "movimento espontâneo". Se continuar na linha do "geração à rasca" está no bom caminho, sem dúvida!

    Abraço

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  15. Rui, respondendo em linha com a tua análise, se o Passos continuar na linha dos antigos líderes do PSD e PM's em geral está no bom caminho, sem dúvida! no bom caminho para a corrupção, no bom caminho para os favorecimentos, no bom caminho para o clientelismo, no bom caminho para a incompetência e no bom caminho para enterrar mais um pouco este pobre país...espero que não!

    e para finalizar, peço a tua atenção para o que se passa no Médio Oriente e no Magrebe onde a revolução de consciência em busca da liberdade não foi liderada por partidos políticos...

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  16. Precisamente por isso é que não me acredito que aconteça alguma coisa a esse nível cá. Na altura em que as revoluções estavam mais na ordem do dia, o que saiu de cá foi o protesto que se viu, a grande maioria do pessoal que não quer acabar com o statos quo mas apenas beneficiar dele.

    Eu ainda vou engolir o que estou a dizer, mas para já continuo a apostar no mesmo cavalo. Aliás, não sei se já te disse mas o "meu partido" como dizes, só é meu mesmo por causa dele, eu filiei-me na altura das directas mesmo para poder votar :P

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  17. Claro que o que saiu de cá foi um protesto e não uma revolução!!! queres comparar os contextos? Achas que são situações identicas para que se pudesses verificar cenários semelhantes??? Desculpa mas essa comparação faz pouco sentido...e essa leitura do protesto do passado 12 de Maio é muito curiosa, principalmente porque me parece que nem tiveste lá e limitaste te a assimilar o que viste/ouviste nos media. Talvez te devesses informar melhor sobre o que lá se passou. Eu vi gente a querer acabar com este status quo e não um bando de abutres estilo AR que apenas quer sugar mais divisas ao país.

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  18. "mas não aceito que tu e o dez menosprezem o esforço que se faz para mudar as coisas aos pouquinhos, e venham com ar superior dizer que têm grandes ideias e grandes visões, quando não conseguem fazer isso chegar à realidade, nem presumem conseguir." ( vide Nogueira da Costa 27 de Abril )

    Esta a tentar dizer que sou utópico Nogueira da Costa? Em que? No facto de não concordar com o metropolitano, porque a média de custo da empreitada é 25Milhões de Euros o KM?

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  19. @João
    Não, não fui. Porque não oferecia solução nenhuma, tive a curiosidade de ler o manifesto do movimento, tentei procurar lá alguma coisa "pela qual" e não "contra a qual" lutassem, e fiquei ainda mais desiludido. Basicamente era gente a protestar porque queria que lhes dessem emprego estável e bem pago. Havia quem não, mas a larguíssima maioria era.

    @10.14.1.14
    Caro, primeiro já vi que não desiste de me tratar por você portanto responde-lhe-ei da mesma maneira... Sim, estou a dizer que embora de um ponto de vista de o que é melhor para a sociedade como um todo muito provavelmente tenha razão (não digo que tenha de certeza porque é preciso um estudo profundo e extensivo para determinar o valor que o investimento teria para a sociedade em todos os aspectos) não estamos aqui a discutir se o investimento deve ou não ser feito.
    Isso teria sido no inicio, quando havia várias opções como, imagino eu: Fazer a linha de Metro por outro caminho, sem inutilizar a linha de comboio; Em vez de fazer a linha do Metro investir na linha de comboio, fazendo interface num qualquer ponto; Substituir a linha de comboio pela de metro.

    Se escolhessem uma das primeiras, certamente teriam mais encargos, mas ao mesmo tempo não havia grande problema de atrasar o investimento.
    Mas o que acontece é que se comprometeram (perdoe-me um pouco a ironia) porque era mais vantajoso globalmente, pela 3ª, o que implica que as populações aceitaram sacrificar por algum tempo a sua mobilidade para virem a ganhar no futuro.
    Ora nunca foi posta (penso, aliás espero bem) a hipótese de sacrificar permanentemente (nem por 10 anos) a mobilidade e o desenvolvimento das freguesias e do concelho da Trofa em prol da Maia, de Matosinhos, ou da Metro! Seria uma atitude no mínimo bárbara!

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  20. Rui,

    Comparemos então o que foi o protesto da geração à rasca com a actividade do partido político em que estás filiado (independentemente do motivo que te levou a filiar). Dizes que não foste porque não oferecia solução nenhuma. Contudo és filiado num partido que apenas apresenta soluções e propostas em manifestos que depois NUNCA se materializam. Porque os Durões Barrosos chegam ao governo e afinal não era bem como eles pensavam. Que te interessa a ti, enquanto cidadão, apoiar um partido que quando teve o poder não melhorou nada o status do Portugal e que ainda assim não se inibe de gastar milhões em campanha contrastando com a pobreza crescente no país? Diz me lá que raio fez o PSD para melhorar o nosso país!!!terá sido a duplicação da massa salarial da ADM Pública durante o reinado do Sr. BPN? Ou talvez a cobertura do Sr. BPN ao escândalo BPN, BPN esse que é gerido por antigos "notáveis" do PSD? Se calhar estás a referir-te à derrapagem do CCB. Ou à má gestão de fundos comunitários na década de 90. Ou se calhar às relações de promiscuidade com o sector financeiro (que não paga os devidos impostos como outros sectores da economia) e construção civíl. A que te referes específicamente?

    O protesto da Geração à Rasca foi uma manifestação de pessoas descontentes com o elitismo da classe política e todos os esquemas de favorecimentos, corrupção e opulência que por lá se fazem sentir. Com a incompetência da classe política, incapaz de promover desenvolvimento económico capaz de tornar o país sustentável. Foi um PROTESTO uma das poucas coisas que ainda podemos fazer contra o sistema Rui. Sistema esse que priveligia os partidos políticos como entidades para "gerir" o país, apesar da sua falta de competência. Por isso antes que me venhas com essa raiva anti-Geração à Rasca estilo Joaquim Soares porque não estás a ser sensato na tua comparação.

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  21. Desculpa mas revolta-me haver uma manifestação a querer acabar com a democracia. Sim, porque o sistema de que falas é esse: democracia! A manifestação serviu sabes para quê? Para fomentar a ideia de que os políticos não servem para nada, só vivem da troca de favores, e é preciso acabar com eles. Sabes o que isso significa, não sabes? Ditadura. Que é bem melhor, não haja dúvida!

    E quanto ao outro ponto, volto a repetir que só estou no PSD porque apoio o Passos. Se/quando ele sair ou se me desiludir saio, não tenho nada que me prenda lá (tenho amigos na J, mas esses ficam...)

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  22. A mim revolta-me a tua estreiteza a analisar essa realidade. Ninguém quer acabar com a Democracia isso é FALSO e não sei quem queres enganar com isso. Vivemos em democracia mas essa democracia tem actualmente muitos valores subvertidos e deturpados. Parece-te democrático as desigualdades crescentes da pseudo-democracia em que vivemos? Ou pensas que estamos presos a um conceito? A Alemanha comunista também se chamava República DEMOCRATICA da Alemanha. Isso fazia dela uma democracia?

    E recuso-me a aceitar que construas um argumento em torno de uma mentira. A manifestação também serviu para mostrar descontentamento face à classe política e a realidade é que a maioria dos políticos gravita em torno de esquemas suspeitos: Cavaco e o BPN, Sócrates e a Face Oculta, Paulo Portas e o caso Moderna, Armando Vara, Oliveira e Costa, Dias Loureiro e isto só para falar nos mais mediáticos. Porque pequenos favorecimentos e pequena corrupção é o prato do dia na AR. E nem me faças entrar no mundo autárquico senão não saio mais daqui... Acusaste-me de prepotência por me achar um "iluminado" mas tu fazes um argumentação absurda sobre o suposto ataque à democracia do protesto da Geração à Rasca e consegues dizer que o objectivo e abater a democracia e substituí-la por uma ditadura? Tens noção do ridiculo que isso é? Isso das ditaduras é mais para os lados da Manuela Ferreira Leite, ela é que queria ditadura por meio ano não era mesmo??? Tas enganado, o protesto quer uma limpeza na classe política, não acabar com ela. Mas pelos vistos tu Rui Nogueira da Costa vives bem com políticos corruptos e com a total destruição do conceito de meritocracia que vocês de direita tanto defendem. Podes apoiar o sistema à vontade mas para ele tu és um número sem relevância.

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  23. João, também me pareceu que ias ficar indignado. O dez saberá melhor do que eu, que não sou entendido em história, mas suponho que quando foi formado o Estado Novo as pessoas não queriam que lhes fosse retirado o poder de escolha, não queriam censura, não queriam ser perseguidos pela PIDE. Não queriam acabar com a democracia. Queriam corrigi-la, acabando com a instabilidade e as quezílias entre os políticos, para o bem comum.

    "No man chooses evil because it is evil; he only mistakes it for happiness, the good he seeks."

    Dizes que eles querem é uma "limpeza". Então muito bem, que peguem nessa gente pura que conhecem, façam uma lista, se candidatem, e se a vontade do povo for esse, ganham e executem essa limpeza!

    Isto é que é democracia, são livres de fazer isso. O problema é que ninguém o quer fazer.

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  24. Voltas a cair no erro de fazer comparações desajustadas. Queres comparar o contexto em que emerge o Estado Novo e o contexto actual? Isso é comparar o incomparável. Queres comparar o período de ascenção dos nacionalismos e dos poderes autoritários na Europa, marcado pelo isolamento com um período de interdependência complexa, palmas para ti!!!Mas como já disseste uma vez ao 10.14, tu tens a tua opinião gravada em pedra, não adianta perder tempo. Mas acho que devias rever a tua argumentação, não precisas de ser nenhum entendido em história, tens apenas que te informar melhor e seres consistente nas tuas contextualizações e comparações.

    Se do protesto nascerá ou não uma força política ainda é prematuro conjecturar. O protesto aconteceu à pouco mais que um mês e demora tempo para se materializar, isto se se chegar a materializar. "Gente pura"? Essa tua ironia tem tanto de parva como de conformista. Os puros estão todos no teu partido Rui, o Cavaco é o vosso deus da integridade.

    E Rui, essa democracia da qual falas à boca cheia está subvertida. Ou tu pensas que a dimensão do PS e do PSD em conjunto com as suas ligações promiscuas à comunicação social, construção civíl e sector financeiro permitem margem de manobra a alguém? Uma mudança estrutural não se opera da noite para o dia. A comunicação social e o entretenimento massivo estão a fazer muito bem o seu papel a manter a maior parte da população estúpida e as estruturas partidárias fazem muito bem o seu papel a captar os opinion makers. Nunca achaste estranho a velocidade com que um ex-Ministro, por mais incompetente que tenha sido vai parar ao Conselho de Admnistração de grandes empresas privadas? Ah, esqueci-me, para ti tudo isso é naturalíssimo, é a democracia a funcionar no seu esplendor.

    Sim Rui, fico indignado, e sabes porque? Porque te reconheço muitas capacidades, considero-te uma pessoa independente e instruida e estás a demonstrar uma ingenuidade em relação ao funcionamento da democracia que eu não esperava. Mas a opção é tua, bates continência a quem quiseres...

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  25. Ingenuidade? Não percebo porque insistes em julgar-me somente pelo que digo num único comentário, quando saber perfeitamente que há pressupostos que não posso estar a repetir em todos os comentários. Tu em cada comentário que fazes, apontas tudo o que está mal. E pá, ainda bem que estás atento e não te deixas enganar facilmente, antes isso do que o contrário sem dúvida: mas tens que compreender que eu não consigo dizer mal de uma coisa se não tiver pelo menos uma fraca ideia de uma alternativa - e isso é o que não vejo, nem te consigo ver a defender.
    O nosso sistema social tem muitos defeitos, todos os que apontaste e muitos mais, nunca me ouvirás a dizer o contrário, mas é sem dúvida o melhor de entre as opções. Se há corrupção é preciso acabar com ela, caso a caso, aperfeiçoando leis, processos, cargos, mas não é destruindo a estrutura que se resolve o problema!

    É muito fácil passar a vida a acusar, João, resolver é que é dificil.

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  26. Rui, vai ao meu comentário e lê o que escrevi: "ingenuidade em relação ao funcionamento da democracia" é muito diferente de dizer "és ingénuo" por isso não manipules as minhas palavras.

    Em muitos outros contextos apontei aspectos que podiam ser melhorados e que eu me lembre, não é a primeira vez que estamos a discutir política. Eu não quero o fim do sistema vigente, eu defendo:
    mais controle sobre a classe política;
    mais disciplina nos gastos e remunerações da classe política;
    responsabilização da classe política, em especial do governo, pelas acções levadas a cabo que lesaram o país;
    defendo que a banca deve pagar impostos como qualquer outra entidade;
    defendo tectos salariais na função pública para acabarem as obscenidades de salários chorudos para gestores incompetentes;
    redução drástica do número de assessores, secretárias e motoristas ao serviço da elite estatal;
    abolição total da imunidade política e cadeia para todos os políticos corruptos;
    diminuição da burocracia;
    profissionalização da política e consequente fim da ascenção política com base em quem tem mais amigos ou comprou mais votos;
    fim das obras públicas megalómanas com os 10 estádios que foram construidos para o Euro;
    penas de prisão pesadas para quem foge continuamente aos impostos;
    fim do financiamento partidário via dinheiro dos contribuintes. os partidos devem financiar-se através das cotas dos seus associados como qualquer associação. Neste caso até aceitaria alguns apoios mais tais apoios deveriam ser iguais para todos os partidos do PS e PSD até ao MPT e PAN, mas nada aproximado aos milhões de euros anuais;
    fim das parcerias público-privadas;
    leis que impeçam o endividamento excessivo das famílias;
    tributação de grandes fortunas e lucros (EBIT e EBITDA) das grandes empresas/bancos;
    regionalização e equilibrio da distribuição dos recursos de forma justa por toda a área do país;
    renegociação das aplicações da PAC na agricultura portuguesa que ao deixaram ao abandono e obrigam produtores da destruir parte da produção que nem sequer pode ser doada para caridade quando excede a cota;
    renegociação da política de pescas, estagnada por directrizes de Bruxelas quando Portugal tem uma das maiores ZEE's da Europa e quando os pesqueiros espanhóis pescam nela;
    investimento sério no turismo;
    alavancagem das principais industrias em que Portugal detém vantagens comparativas (cortiça, calçado, vinho, turismo (rural e de massas), gastronomia e têxtil).

    Isto são algumas propostas. Poderia avançar com mais. Mas lembra-te que eu NÃO sou político e não me compete a mim resolver os problemas do país sozinho. Faço o meu papel enquanto cidadão expressando uma opinião que não é condicionada por o que meia duzia de senhores que mandam num partido decidem e que todos os outros devem acatar. Desculpa a minha arrogância em querer ser independente, sim?

    E volto a insistir nisto: tu dizes que é muito fácil acusar, resolver é que é dificil. Mas actores políticos que priveligias na condução da política nacional não conseguem resolvê-los. São INCOMPETENTES. mas vai lá e vota no Passos que ele tem a varinha de condão e vai usar a magia social-democrata para resolver tudo. Ou então vai ser o Durão parte II...

    Existem mais partidos com propostas interessantes e menos corrompidos por dentro. E não me refiro apenas ao PCP ou BE, mas também a outros partidos de pouca expressão que, caso as regras da tua perfeita democracia funcionassem, teriam tempo de antena para apresentar ideias que talvez funcionassem. Mas a estupidez que reina neste país fez nos acreditar que apesar de incompetentes, corruptos e desfuncionais, só PS e PSD podem governar eternamente.

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